O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou servidores públicos a “militantes”, nessa terça-feira (11). A comparação foi realizada durante uma audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, ele defendeu a reforma administrativa apresentada pelo governo Bolsonaro.
Guedes disse que a reforma administrativa proposta visa avaliar os servidores públicos. O objetivo é aperfeiçoar os serviços realizados por eles e acabar com privilégios. “Nós somos servidores públicos, nós não somos autoridades. Que história é essa de tirar carteirinha e falar: ‘Eu que mando, é assim, é assado, sou cheio de privilégios, ganho mais que todo mundo, tenho estabilidade”, disse.
Na sequência, o chefe da pasta de Economia fez uma comparação com os servidores do Brasil e os da Suécia e Noruega dizendo que os dos países europeu andam de metrô e “às vezes de bicicleta”. “Não tem 20 automóveis, mais 50 servidores, mais 30 assessores”.
O ministro voltou a defender o período de experiência antes do servidor ser efetivado. Para ele, isso será um “prêmio ao bom desempenho”.
‘Militantes’
O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é marcado pela pouca realização de concurso. Guedes disse, em 2019, que iria “travar concursos públicos”. Na audiência de ontem ele comparou os servidores públicos a militantes.
“Poderíamos estar aqui, como em qualquer governo, abrindo concurso público e botando uma porção de gente para dentro, para aparelhamos o estado, termos bastante militantes trabalhando para nós no futuro. Não estamos pensando assim, estamos pensando nas gerações futuras”, afirmou.
O debate sobre a reforma administrativa pode ser vista aqui.