Integrante de ‘trisal’ é indiciada por mandar matar homem para ficar com seguro de vida

Depatri
Polícia foi acionada, inicialmente, para o que seria uma ocorrência de latrocínio (Polícia Civil/Divulgação)

Uma mulher foi indiciada suspeita de encomendar o homicídio de um homem, com quem ela se relacionava em um “trisal”, para obter o seguro de vida dele, no valor de R$ 220 mil. O crime foi cometido em 2021, em Contagem, e dois dos três homens contratados também foram indiciados.

A Polícia Civil foi acionada, inicialmente, para o que seria uma ocorrência de latrocínio. No entanto, ao longo da investigação, os policiais descobriram o envolvimento da jovem, que tinha 22 anos à época.

Trisal

De acordo com o delegado Gustavo Barletta, a vítima era um homem de 40 anos, que era casado havia 20 anos com uma mulher. Durante o relacionamento, a esposa dele começou a se relacionar com a mulher suspeita.

A vítima sabia do caso extraconjugal da esposa e, em determinado momento, também começou a se relacionar com a jovem de 22 anos, e os três formaram um “trisal”.

Eventualmente, o casal decidiu romper com a suspeita, que não aceitou. Ela passou a tentar retomar o relacionamento, e a vítima e a esposa acabaram a aceitando de volta. Mas, ainda segundo o delegado, a jovem já reatou o “trisal” com a intenção de matar o homem.

Falso assalto

No dia 19 de agosto de 2021, a vítima, a esposa e a suspeita foram juntos a uma boate em Contagem. Ao sair, já no dia seguinte, o casal deixou a jovem em casa e foi para a própria residência.

Quando o homem e a mulher chegaram em casa, eles foram abordados por três homens, que anunciaram o assalto. A vítima não reagiu, mas mesmo assim levou três tiros e morreu. Os criminosos pegaram a carteira e o celular do homem e fugiram.

Investigação

Ainda segundo Gustavo Barletta, mesmo enquanto o crime era tratado como latrocínio, as declarações da acusada já eram contraditórias. Uma vizinha do casal informou à polícia que o casal mantinha um relacionamento com ela, e a jovem passou a ser tratada como suspeita no caso.

Durante a apuração do caso, os policiais da 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo, pertencente ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), descobriram que a suspeita havia contratado o seguro de vida para a vítima na própria agência em que ela trabalhava.

“Confrontada com os fatos, a suspeita confessou o crime e apontou a participação de um tio e de um amigo próximo, se dizendo ameaçada por ele”, aponta o delegado

A mulher foi presa no início deste ano, em Ribeirão das Neves, em virtude de mandado de prisão preventiva. Na última semana, a Justiça de Minas Gerais acatou a denúncia do Ministério Público contra a investigada.

Os outros dois investigados também estão presos, e as investigações prosseguem para apurar a identificação do quarto envolvido.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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