Itamaraty confirma morte de André Luis Hack Bahi, brasileiro que lutava na guerra da Ucrânia

André Luis Hack Bahi
André tinha sete filhos e vivia em Quixadá, no Ceará (Reprodução/Redes sociais)

O Ministério das Relações Exteriores confirmou a morte do brasileiro André Luis Hack Bahi, de 44 anos de idade, na Ucrânia, na guerra com a Rússia. Bahi integrava as fileiras da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. De acordo com o g1, quando criança, o sonho dele era “morrer na guerra”.

“O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país”, diz nota do Itamaraty divulgada nesta quinta-feira (9).

O ministério também informou que “mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.

Na última sexta-feira (3), a guerra na Ucrânia completou 100 dias. O período é marcado pela pior crise de refugiados e deslocados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com milhões de pessoas em fuga e milhares de mortos.

Quem era André Luis Hack Bahi?

André Luis Hack Bahi tinha sete filhos e vivia em Quixadá, no Ceará, apesar de ser natural de Porto Alegre, Rio Grande de Sul. De acordo com informações dos parentes ao g1, ele escolheu viver no estado por não gostar do frio do Sul do país.

Ele chegou a servir no Exército Brasileiro durante a juventude, e já escreveu em uma redação na escola que tinha o sonho de morrer na guerra. “O André, desde pequeno, sempre foi assim. Desde pequeninho ele gostava de brincar com ‘homenzinhos’, com arma. Ele olhava filmes de guerra”, contou a irmã, Letícia Hack Bahi, ao portal.

André também participou de uma missão na Costa do Marfim, onde ficou ferido e foi tratado. André passou por Portugal e pela França, antes de seguir para Kiev, na Ucrânia, onde faria parte da Legião Internacional de Defesa Territorial do país na guerra contra a Rússia.

“Ele disse que não era para nós ficarmos bravos nem pedir para ele voltar da Ucrânia. Ele iria até o final. Se fosse o fim dele morrer em combate, ele estaria feliz. A gente tem que pensar nisso e respeitar essa vontade do André”, completou a irmã.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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