Está previsto para esta quinta-feira (7) um depoimento de Jair Renan Bolsonaro, de 24 anos, a respeito das suspeitas de corrupção e tráfico de influência envolvendo a atuação dele junto ao governo federal. Uma nova intimação foi expedida pela Polícia Federal (PF) para viabilizar essa etapa do inquérito que investiga as denúncias. Investigadores tentam há quatro meses ouvir o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Jair Renan já tinha sido intimado em dezembro, por meio de seus advogados, mas não compareceu ao depoimento. Na época, os defensores pediram um adiamento à PF. Logo após isso, a instituição precisou enviar o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências. Agora, a investigação será retomada com essa expectativa de ouvir o filho mais novo do presidente.
A principal suspeita é de que Jair Renan Bolsonaro tenha utilizado a empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre um grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
As companhias em questão têm interesses junto ao governo federal. Elas teriam dado um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil a Jair Renan e ao empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente. Em outubro do ano passado, um mês após a doação, representantes do grupo empresarial se reuniram com Marinho.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o encontro foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência. Jair Renan participou da reunião.
Documentos que constam no inquérito reforçam que é necessário investigar se houve associação do filho do presidente com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade”.
