A Justiça do Rio concedeu liberdade condicional ao ex-goleiro Bruno. Ele cumpre pena de 20 anos e 3 meses de reclusão pela morte e desaparecimento da modelo Eliza Samúdio. A juíza da Vara de Execuções Penais, Ana Paula Filgueiras tomou a decisão nessa quinta-feira (12), e a divulgou neste sábado (14).
“Não existe impedimento concreto à concessão do livramento condicional ao apenado, na medida em que ele preenche o requisito objetivo necessário desde 10/04/2022, conforme cálculo do atestado de pena atualizado”, diz a decisão pela liberdade condicional do ex-goleiro Bruno.
O documento acrescenta: “Quanto ao mérito, o apenado desempenhou atividades laborativas após a concessão da progressão de regime e cumpriu regularmente as condições da prisão domiciliar, valendo destacar que não há novas anotações na FAC (Folha de Antecedentes Criminais)”.
MP se manifesta contra liberdade condicional
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) se manifestou contrário à liberdade condicional do ex-goleiro Bruno. O órgão solicitou à Justiça a elaboração de exame criminológico. A júiza Ana Paula indeferiu o pedido, citando a decisão que autorizou o regime semiaberto do condenado, em 2019.
“O apenado cumpre pena em prisão domiciliar desde 2019, conforme decisão proferida pelo Juízo da Execução da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Varginha (MG)”, disse a juíza.
Ela completou: “Tendo em vista que o apenado retornou ao convívio social há mais de três anos, indefiro a elaboração de exame criminológico e passo a analisar o pleito de livramento condicional levando em conta o comportamento do apenado durante a prisão domiciliar”.
Bruno deve ir à prisão trimestralmente
Ao conceder a liberdade condicional ao ex-goleiro Bruno, a magistrada determinou que o assassino de Eliza Samúdio deve comparecer, a cada 3 meses, ao Patronato Magarino Torres. Lá, ele deverá assinar o boletim de frequência e manter informados e atualizados seu endereço e suas atividades.
O ex-goleiro Bruno deverá comparecer ao local 30 dias após a efetiva libertação. Eliza Samúdio desapareceu em 2010, aos 25 anos, e a Justiça a deu como morta. Ela se relacionou e teve um filho com Bruno Fernandes, que jogava no Flamengo na mesma época.
No ano de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.
Com Agência Brasil