O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nessa sexta-feira (2), que o pastor e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, apague uma série de publicações falsas a respeito da jornalista Vera Magalhães.
A Juíza Maria Carolina de Mattos Bertoldo também determinou que o evangélico está proibido de veicular mentiras sobre Vera nas redes sociais.
Nos tuítes em questão, Malafaia afirmou que a âncora do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, recebe R$ 500 mil do governo de São Paulo para atacar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na decisão, obtida pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a juíza considerou que “o réu [Silas Malafaia], pessoa pública, deve agir com responsabilidade ao utilizar as redes sociais, abstendo-se de publicar notícias falsas”.
“Está delineado o perigo de dano, pois a manutenção na internet de conteúdo falso, difamatório e injurioso causa um grande constrangimento à autora, salientando-se que quanto maior o tempo de disponibilização do conteúdo ofensivo, haverá maior exposição negativa da imagem daquela”, afirmou a magistrada.
Pastor tem 24 h para apagar fake news
As afirmações, sem provas, de Malafaia foram publicadas depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou a jornalista em debate realizado na Band, no último domingo (28). Na ocasião, Vera desmentiu o pastor e afirmou que tomaria medidas judiciais contra ele.
“O senhor vai levar um processo e ter de provar que eu ganho 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe”, escreveu Magalhães.
Nessa sexta-feira (2), a jornalista comemorou a vitória na Justiça e informou que o pastor tem 24 horas para apagar as postagens.
“Ganhamos! Liminar dá 24 h para Silas Malafaia retirar fake news contra mim, sob pena de multa diária. Ação segue com pedido de danos morais”, escreveu ela.
Até a publicação desta matéria, o pastor Silas Malafaia ainda não havia apagado as fake news sobre Vera Magalhães. O evangélico ainda não se pronunciou sobre a decisão judicial.