Custando até R$ 120 mil, mais de 30 carros podem ficar mais baratos no Brasil

Carros
Governo de MInas lançou oficialmente o cronograma do IPVA 2024 (Arquivo/Agência Brasil)

O governo federal anunciou, nessa quinta-feira (25), novas medidas para reduzir os preços dos carros que custam até R$ 120 mil. No Brasil, mais de 30 modelos podem ficar mais baratos, conforme levantamento divulgado pelo g1.

Conforme preços iniciais sugeridos por montadoras na região de São Paulo, pelo menos dez companhias vendem carros de até R$ 120 mil.

Confira a lista dos modelos que vão até o valor fixado pelo governo e podem, com a redução de impostos prevista, diminuir de preço no país:

  • Fiat Mobi – R$ 68.990
  • Renault Kwid – R$ 68.990
  • Peugeot 208 – R$ 69.990
  • Fiat Mobi Track – R$ 72.290
  • Citroën C3 – R$ 72.990
  • Fiat Argo – R$ 79.790
  • Renault Stepway – R$ 79.990
  • Volkswagen Polo Track 2023 – R$ 81.370
  • Hyundai HB20 – R$ 82.290
  • Chevrolet Onix – R$ 84.390
  • Fiat Cronos – R$ 84.790
  • Volkswagen Novo Polo MPI 2023 – R$ 86.390
  • Renault Logan – R$ 89.560
  • Hyundai HB20 Sedan – R$ 91.890
  • Volkswagen Saveiro – R$ 94.490
  • Chevrolet Onix Plus – R$ 96.390
  • Toyota Yaris – R$ 97.990
  • Peugeot Partner Rapid – R$ 98.781
  • Fiat Strada Endurance – R$ 99.990
  • Fiat Pulse – R$ 100.990
  • Nissan Versa Sense 2023 – R$ 101.190
  • Peugeot 2008 – R$ 102.990
  • Chevrolet Spin – R$ 103.990
  • Volkswagen Novo Virtus – R$ 104.390
  • Fiat Strada Freedom – R$ 105.990
  • Citroën C4 Cactus – R$ 108.990
  • Fiat Cronos Precision – R$ 109.890
  • Nissan Versa Advance – R$ 110.490
  • Fiat Fiorino – R$ 111.990
  • Fiat Strada Volcano – R$ 112.990
  • Nissan Kicks – R$ 112.990
  • Renault Duster – R$ 112.990
  • Renault Oroch – R$ 115.900
  • Volkswagen T-Cross – R$ 116.550
  • Hyundai Creta – 116.560
  • Chevrolet Montana – R$ 118.690
  • Honda New City Sedan – R$ 118.700
  • Fiat Pulse Audace – R$ 119.990

Carros mais baratos

O governo federal anunciou ontem a redução de impostos com o objetivo de diminuir o valor final de carros novos no Brasil. A medida será possível com a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para a indústria automotiva.

Os descontos que incidirão sobre o valor dos veículos irão de 1,5% a 10,96%, de acordo com critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país. A medida vale para carros de até R$ 120 mil.

Contudo, ainda não há definição de qual será o nível de redução das alíquotas e como o governo compensará o benefício. A medida está em discussão no Ministério da Fazenda, que terá 15 dias para apresentar os parâmetros que serão usados na edição de um decreto (para reduzir o IPI) e de uma medida provisória (para reduzir PIS/Confins) que será encaminhada para aprovação do Congresso Nacional.

As informações foram divulgadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após reunião do presidente Lula (PT) com representantes de entidades de trabalhadores e fabricantes do setor automotivo, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Critérios

Alckmin explicou que haverá uma metodologia para aplicação dos descontos, que levarão em conta três critérios. O primeiro é a questão social, do preço do carro.

“Hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil. Então, queremos reduzir esse valor. O carro, quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI e PIS/Cofins. Então, o primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais”, declarou.

O segundo critério é a eficiência energética, “é quem polui menos”. “Então, você premia e estimula a eficiência energética, carros que poluem menos, com menor emissão de CO2 [gás carbônico, gases de efeito estufa]”, completou Alckmin.

Por fim, há o critério da densidade industrial. “O mundo inteiro, hoje, procura fortalecer a sua indústria. Então, se eu tenho uma indústria [em] que 50% do carro é de peças [fabricadas no Brasil] e feito no Brasil e o outro é 90%, isso vai ser levado em consideração”, explicou o vice-presidente.

Aumento de vendas

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, afirmou que a redução de impostos no setor está produzindo efeitos imediatos na cadeia de produção automobilística. Ele disse que as montadoras já estão alterando planejamentos para poder produzir mais.

“Nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns [paralisação dos trabalhos por falta de demanda] que estavam previstos. O efeito [da redução dos impostos] é imediato [e isso explica] a urgência dessas medidas”, disse ontem, em entrevista na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para ele, a queda de impostos poderá elevar a produção do setor em cerca de 300 mil veículos por ano. Ele ressaltou, no entanto, que as medidas ainda não foram anunciadas na sua integralidade.

“Essas medidas podem impactar o mercado entre 200 ou 300 mil unidades, mas depende, porque nós ainda não conhecemos todas as regras. Mas não seria muito imaginar algo em torno de 200 mil a 300 mil unidades dependendo de como vai ser essa composição que será anunciada”, explicou.

Leite garantiu que o corte de impostos não vai causar diminuição na tecnologia empregada nos carros, assim como não haverá redução na segurança dos veículos e no cuidado ambiental.

“Os itens de segurança obrigatórios, que foram uma grande conquista para o consumidor e para a sociedade, eles estão mantidos. Não há qualquer flexibilidade em relação à segurança veicular. Igualmente, não há qualquer flexibilidade quanto à questão ambiental e há um estímulo em caráter social em função do preço do veículo”, finalizou.

Com Agência Brasil

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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