Maju Coutinho se desculpa ao vivo após polêmica sobre lockdown

Maju Coutinho retratação JH
A apresentadora explicou o contexto da fala no programa desta quarta-feira (17) (Reprodução/Rede Globo)

A apresentadora e âncora do Jornal Hoje, Maju Coutinho, se retratou na tarde desta quinta-feira (18). A jornalista da Globo virou alvo de críticas ao fazer um comentário relacionado ao lockdown em diferentes cidades. No intuito de explicar que não haveria outras formas para combater o avanço da Covid-19 no Brasil, Maju Coutinho falou que o “choro é livre, não dá pra gente reclamar, é isso que tem”. A fala foi vista como um deboche contra as pessoas que precisam ficar em casa durante a pandemia, colocando em risco seus empregos e a atividade econômica.

Na edição desta quinta, a apresentadora reconheceu que a fala foi improvisada, e acabou soando mal aos telespectadores. “Anteontem (16), para reforçar a necessidade do isolamento social, eu usei no improviso uma expressão infeliz que precisa de um complemento para deixar bem claro o que queria dizer. Falei ‘o choro é livre’. Eu quis dizer que por mais que sejam amargas as medidas de isolamento, são necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde, mas eu também entendo perfeitamente a dor dos pequenos e médios empresários que têm que manter os negócios fechados”, esclareceu.

“Você é testemunha de que ontem mesmo a gente exibiu aqui uma longa reportagem sobre o assunto e, ao final dela, eu disse assim: desejo também agilidade do governo e do Congresso pra atender os empresários e também as famílias que estão aguardando o auxílio emergencial. Eu reitero hoje aqui esse desejo, me desculpo pela expressão que usei anteontem e vamos nessa, bola pra frente”, completou a jornalista.

Momento inadequado

A fala da apresentadora causou grande repercussão nas redes sociais, principalmente pelo momento delicado que o país se encontra. Com as restrições ainda mais rígidas, empregadores e empregados passam por momento crítico, com fechamentos de empresas e, consequentemente, perda de empregos. Em novembro do ano passado, o desemprego bateu o recorde de 14 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação chegou a 14,2%, o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do IBGE iniciada em maio para mensurar os efeitos da pandemia no país.

Edição: Roberth Costa
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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