O homem de 25 anos apontado como o sequestrador de uma menina de 12 anos, no Rio de Janeiro, foi autuado por cárcere privado. A garota, que foi levada até São Luiz, no Maranhão, foi encontrada trancada em uma quitinete após oito dias desaparecida.
Marcos Matos, delegado responsável pelo caso, contou detalhes do resgate ao Encontro nesta quinta-feira (16). Ele afirma que os pais da menina foram até o Maranhão após a descoberta do paradeiro, que ocorreu nessa terça-feira (14).
O rapaz foi preso em flagrante pelos policiais. Ele teria gastado mais de R$ 4 mil na viagem de carro de aplicativo do Rio até São Luiz, segundo a corporação. Além da família, o Conselho Tutelar foi acionado, uma vez que a menina não portava documentos de identificação.
Menina disse estar arrependida
A investigação aponta que a vítima conheceu o homem em um aplicativo de compartilhamento de vídeos. Segundo a Polícia Civil, os dois conversavam há cerca de dois anos pela internet.
De acordo com a entrevista ao Encontro, a corporação mapeou os possíveis locais onde a menina estaria na capital do Maranhão. Após alguns dias de buscas, os agentes constataram que ela conectou o celular ao Wi-fi de uma loja e, posteriormente, que estaria em uma quitinete.
“Foram várias investidas. Até que conseguimos, com precisão, chegar até o local onde ela se encontrava para fazer o resgate”, contou o delegado. O suspeito entregou um smartphone caro à vítima, que ele monitorava para impedir o contato com a família, e ficou com o dela.
Autuação por cárcere privado
Na mensagem que enviou à família usando o Wi-fi do estabelecimento, a menina de 12 anos disse estar arrependida de ter embarcado para Maranhão com o rapaz. Nessa terça-feira (14), por volta das 17h, os agentes conseguiram fazer o resgate.
Como o homem não estava na quitinete, a Polícia Civil contou com a ajuda de vizinhos para localizá-lo. Moradores informaram que ele trabalhava próximo dali e, após alguns trabalhos de busca, ele foi encontrado.
A princípio, o homem foi autuado por cárcere privado, com o agravante de a vítima ser menor de 18 anos. Ele também poderá responder por estupro de vulnerável, já que revelou ter beijado a vítima em depoimento. Mesmo que ele não tenha consumado, performar ato libidinoso com menores de 14 anos já configura esse tipo de crime.
