Menina de 10 anos é assediada e pede socorro a policiais em carta: ‘Por favor, me ajuda’

11º Batalhão de Polícia Militar de Parintins/Facebook/Reprodução + Polícia Militar/Divulgação

Uma menina de 10 anos foi assediada por meio do Instagram e pediu ajuda à Polícia Militar de Parintins (AM) em uma carta. Com trechos censurados, a polícia divulgou o texto como forma de alerta para a população. O tenente-coronel Corrêa Junior, comandante do 11º Batalhão Tupinambarana, sediado na cidade, concedeu entrevista ao BHAZ e explicou o caso.

De acordo com o comandante, o sargento Gildo Assis ministrava uma aula do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) em um colégio da cidade, nessa terça-feira (22) e, após a aula, recebeu a carta da menina.

“A criança estava bem assustada, receosa. Ela entregou a carta para o sargento, que encaminhou para mim. Ainda vamos entrar em contato com os pais dela, Polícia Civil e órgãos de proteção à criança e ao adolescente”, conta o comandante.

Escrita à mão, a carta mostra o desespero da criança. “Agora me sinto estranha perto de garotos, eu me sinto insegura. Chorei muito com medo. Não sei que cidade ele mora, não sei nada sobre ele […]. Tenho apenas 10 anos, por favor, me ajuda”, diz trecho da carta divulgada pela Polícia Militar.

Em outra parte da carta, a menina fala dos assédios que recebeu pelas mensagens no Instagram. “Disse que eu era gostosa, que meu corpo era fofo que eu era sexy que queria lamber minha…”.

Polícia Militar/Divulgação

“Ainda não conhecemos o perfil, mas vamos tentar rastreá-lo. Ver se está ativo, se é fake, ele pode ser de qualquer parte. Achamos que os pais ainda não sabem dessa situação, por isso vamos chamá-los e conversar com ela juntamente com eles”, diz Corrêa Júnior.

O comandante ainda explica que a Polícia Militar tem dois trabalhos nas escolas de ensino fundamental. “O pelotão mirim e Proerd. Nosso trabalho é de base social, é algo de confiança mútua que conseguimos montar com a comunidade. Os projetos já possuem mais de 20 anos e têm mostrado resultados”.

Para completar, Corrêa Júnior ainda faz um alerta. “Os pais devem manter sempre um cuidado com os filhos, monitorar com quem conversam e se relacionam. Temos que criar atrativos para trazer nossos filhos para a gente, pois lá fora, no mundo das drogas, atrativos é o que não faltam”.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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