O Ministério da Saúde vê risco de alta nas hospitalizações por Covid-19 em setembro, juntamente com o aumento de casos da doença no país. O avanço tem relação com a variante delta, com a diminuição da proteção das vacinas nos idosos, além do afrouxamento das medidas de contenção do vírus nos municípios e estados. A esperança é que a vacinação no país impeça que a alta nos casos e hospitalizações venha acompanhada de um aumento no número de mortes.
As informações são da Coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. De acordo com a colunista, a avanço da variante delta pelo território é uma das preocupações da pasta, já que a cepa é mais contagiosa. A diminuição na proteção da vacina nos idosos, um dos primeiros grupos a se imunizar, é mais um fator de atenção. Para minimizar os efeitos desse agravante, a Saúde já anunciou a vacinação da população maior de 70 anos e de imunossupressores com a terceira dose, a partir do dia 15 de setembro.
Um terceiro catalisador do aumento é atribuído ao afrouxamento das medidas de contenção ao novo coronavírus. Em Belo Horizonte, por exemplo, um decreto de hoje ampliou o horário de funcionamento de bares e restaurantes, além de outros setores da área comercial. Como forma de conter o avanço da doença, além da terceira dose, a pasta também anunciou a antecipação da aplicação da segunda dose.
Segunda dose
O Brasil já vacinou mais de 80% da população com a primeira dose, mas apenas 36,62% dos brasileiros receberam a segunda. O número reduzido de pessoas que completaram o esquema vacinal compromete a desaceleração na circulação do vírus. Com o novo intervalo, a partir do mesmo dia 15, a segunda aplicação das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca passarão a ser, respectivamente, de 12 para 8 semanas, como acontece no Reino Unido.