O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou chocolates para explicar o corte que o ministério tem feito nas universidades federais. O exemplo ocorreu durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), nessa quinta-feira (9), pelas redes sociais.
Ao chamar Abraham para participar da transmissão, o presidente disse que ele iria esclarecer uma “questão que deu certa polêmica”. No final de abril, o ministro anunciou o corte de 30% das verbas para três universidades com o argumento de que elas estariam promovendo “balbúrdia” em seus câmpus: as federais da Bahia (UFBA), Federal Fluminense (UFF) e
Universidade de Brasília (UnB).
Dias depois, o governo anunciou que a medida de corte atingiria todas as universidades federais brasileiras.
Para o ministro muitas pessoas estão espalhando o “terror e falando coisas que não estão acontecendo”. Ele disse que os cortes foram necessários, pois a economia do país estava afundando e que o contingenciamento dos recursos ocorre em todas as pastas. “Nós estamos segurando para não gastar mais e não gerar inflação”, disse.
Após essa explanação ele perguntou ao presidente se ele gosta de chocolate e ao ouvir que “sim”, espalhou 100 guloseimas na mesa.
Explicando o corte, ele comparou uma universidade federal, cujo orçamento anual é de R$ 1 bilhão, com uma empresa que enfrenta dificuldades financeiras. “Nós não estamos mandando ninguém embora. Se fosse numa empresa, seria difícil, a gente teria que fazer demissões. Professor, técnico todos recebem em dia, os salários estão preservados”.
Para ilustrar seu exemplo, o ministro pegou três chocolates, partiu outro ao meio, e disse que o ministério da Educação está preservando as verbas, para gastar posteriormente. “A gente não está cortando, mas deixando para comer depois. É só isso que estamos pedindo”, disse enquanto Bolsonaro comia um chocolate.
Ao final de sua participação, Abraham disse que está disponível ao diálogo com reitores que desejarem “discutir projetos específicos”. Bolsonaro elogiou as medidas tomadas pelo ministro e disse: “As universidades estão preservadas”.
