Motorista da Uber agride passageiros, os ameaça com arma e é desligado do APP

(WhatsApp/Reprodução+Google Street View/Reprodução)

Um caso de agressão e homofobia envolvendo um casal homossexual, no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (24), ganhou repercussão após a atriz e cantora Clarice Falcão ter feito um tuíte em sua conta no Twitter para denunciar o episódio.

A atriz relatou que os dois homens foram agredidos por um motorista de aplicativo, que trabalha para a Uber Brasil. Ainda segundo o relato, o condutor estaria armado e chegou a dar uma coronhada em uma das vítimas. Além dos rapazes, estava no veículo a mãe de um deles, uma senhora de 70 anos.

Um dos homens contou em entrevista ao jornal Extra, que ele, seu namorado e a mãe viveram momentos de tensão durante a viagem. Conforme contou à reportagem, a corrida partiu de Botafogo em direção à Praça XV, no Centro da capital fluminense, e desde o início da viagem perceberam nervosismo do motorista, que batia com as mãos ao volante o todo tempo.

As agressões ao grupo teriam tido início quando eles saíram do carro. “Pedi que ele estacionasse um pouco mais à frente do local, por causa da minha mãe, de 70 anos. Ele se recusou e, quando saí, disse que ele estava sendo mal-educado conosco. Foi quando ele abriu a janela e nos chamou de “viadinho”, revelou o homem na entrevista ao Extra.

Segundo ele, não satisfeito, o motorista desceu do carro, continuou a gritar para o grupo, voltou, pegou uma arma e os ameaçou. “Ele colocou a arma no peito da minha mãe. Conseguimos tirá-lo de perto dela, mas ele ainda me deu uma coronhada, e uma rasteira e um soco no meu namorado”, contou.

O grupo teria ouvido outros deboches de um taxista que estava no local pelo fato de o agressor ser motorista de aplicativo. Os três se dirigiram a um hospital para receber o primeiro atendimento. As vítimas informaram que registrariam um boletim de ocorrência na manhã desta quinta-feira.

Os registros de corridas por aplicativos ficam registrados nos aparelhos celulares do consumidor, podendo ele acessar a placa e o nome do motorista. Com esses dados, é possível abrir também um pedido de apuração junto ao administrador do aplicativo para que ele tome as medidas cabíveis.

O BHAZ procurou na manhã desta quinta-feira a empresa Uber Brasil para esclarecer os fatos. A empresa informou que o motorista em questão foi desligado do APP assim que a Uber tomou conhecimento da ocorrência. E que “considera inaceitável qualquer forma de violência e de discriminação em viagens pelo aplicativo”.

A empresa garante que “entramos em contato com o usuário para oferecer apoio e informar que seguimos à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”. 

Questionamos as estatísticas envolvendo má conduta e situações que possam ocasionar a exclusão de motoristas da plataforma. A empresa primeiramente informou, por telefone, que não tinha os dados; na sequência, disse que esse tipo de informação é de sigilo da Uber.

Leia na íntegra a nota da Uber Brasil

A Uber considera inaceitável qualquer forma de violência e de discriminação em viagens pelo aplicativo. O motorista citado foi desativado do app assim que soubemos do caso. Entramos em contato com o usuário para oferecer apoio e informar que seguimos à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. 

A empresa se orgulha em oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis para todos – ao mesmo tempo em que oferece também uma oportunidade de geração de renda democrática, independente de credo, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero (sendo a primeira empresa de ridesharing que permite nome social na plataforma). 

Fornecemos diversos materiais informativos a motoristas parceiros sobre como tratar cada usuário com cordialidade e respeito e frequentemente realizamos e apoiamos campanhas em favor da diversidade e do respeito como forma de conscientizar usuários, motoristas parceiros e a sociedade em geral. Um exemplo é a campanha “Carnaval de Respeito”, realizada em parceria com a ONG Plan International, que foi divulgada para milhões de usuários e motoristas.

Como empresa de aplicativos de internet, a Uber está sujeita à legislação sobre esse tema, incluindo o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/ 2014), e só pode compartilhar dados respeitando essa legislação. O Marco Civil da Internet é a lei federal que regula qualquer tipo de compartilhamento de dados no Brasil e proíbe o compartilhamento de dados pessoais com terceiros, exceto nos casos expressamente previstos em lei.

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