A Marinha do Brasil montou um Gabinete de Crise para investigar possíveis danos ambientais causados pelo navio Stellar Banner, que sofreu um acidente no mar e acabou encalhado a cerca de 32 milhas da Baía de São Marcos, no Maranhão. O navio saiu do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, por onde a mineradora Vale escoa minério para outros países.
O navio está carregado com minério de ferro e tinha como destino o Porto de Qingdao, na China. Até o momento, a Marinha já identificou dois vazamentos no casco do navio. No entanto, não é possível precisar o que e a quantidade do que vazou.
A Vale alega que atua apenas como operadora portuária e que não é responsável pela embarcação. Mas diz estar prestando apoio. “A Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas”, diz em nota (veja abaixo).
O acidente ocorreu na segunda-feira (24). Agora, a preocupação dos órgãos ambientais é de que o produto possa vazar para o mar e provocar um enorme acidente ambiental.
Nesta quinta (27), representantes das empresas envolvidas, membros do Gabinete de Crise e demais órgãos de fiscalização se reuniram para discutir as ações para desencalhar a embarcação, de propriedade da empresa sul-coreana Polaris.
A Capitania dos Portos do Maranhão pede para que a população auxilie na fiscalização para denunciar e ajudar na prevenção da poluição hídrica na região.
Nota da Vale
“A Vale informa que foi comunicada pelo operador do navio MV Stellar Banner que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na noite de segunda-feira (24), já fora do canal de acesso ao porto. Foi reportado ainda à Vale que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram evacuados com segurança e que o comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís. A embarcação, construída em 2016, é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas.”
Com Agência Brasil
