Daniella Marques, nova presidente da Caixa que assume após a saída de Pedro Guimarães, foi vítima de violência doméstica e deve criar uma força-tarefa para apurar as denúncias de assédio no banco. O ex-presidente da estatal deixou o cargo justamente após ser denunciado por assediar funcionárias, e o MPF (Ministério Público Federal) investiga as acusações.
O blog da jornalista Andreia Sadi no g1 revelou que, em 2019, Daniella Marques foi vítima de violência doméstica pelo ex-marido. Ela chegou a entrar na Justiça pedindo medidas protetivas, mas o inquérito foi arquivado. Já em 2020, o homem entrou com uma petição sigilosa contra ela.
Por meio de nota, a defesa dela afirma que “hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher” (leia na íntegra abaixo).
Planos para a Caixa
Ainda de acordo com a jornalista, a nova presidente da Caixa já pediu à diretoria jurídica do banco documentos para analisar quais serão as primeiras mudanças que ela deve tomar, assim que assumir o comando. A prioridade de Daniella deve ser preservar a imagem da Caixa e fortalecer a governança do órgão.
Segundo o blog, ela também já fez as primeiras consultas ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão compartilhe um programa de prevenção de assédio com a Caixa. A ideia é que, comprovando as acusações de casos no banco, seja feita uma “limpa” em todos que estiverem envolvidos nos casos.
Daniella Marques comandava desde fevereiro a Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Inicialmente, ela foi levada ao Ministério da Economia como assessora especial de Paulo Guedes, depois que os dois trabalharam juntos na Bozano Investimentos.
Nota da defesa de Daniella
“Em março de 2019, Daniella Marques foi vítima de violência doméstica durante discussão com seu ex-companheiro, episódio que gerou contra ele medidas protetivas, que duraram até cerca de setembro de 2019.
No final de 2019, o inquérito contra seu ex-companheiro foi arquivado, e as medidas protetivas também revogação.
Em 2020, porém, uma petição sigilosa foi protocolada pela defesa do seu ex-companheiro pedindo que fosse aberta investigação contra Daniella Marques, o que foi deferido.
Hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher“.