Um padre da cidade de Assis, em São Paulo, foi punido pela diocese municipal por celebrar um casamento entre dois homens em 2019. O padre Vicente Paula Gomes estava afastado das funções desde dezembro do ano passado, mas o documento que determina as punições a serem cumpridas pelo pároco foi publicado nessa quarta-feira (26) pela Diocese de Assis.
De acordo com o documento, o padre se arrependeu e pediu perdão por ter celebrado o casamento. “Enquanto sacerdote e pároco, sua má conduta na ação ‘celebrativa’ incentivou a cultura gay, gerando escândalo”, diz o preceito penal emitido pela Diocese de Assis, que considerou a atitude “inconsequente”.
Durante a cerimônia, em 2019, o pároco chegou a defender o direito do casal de ser considerado uma família. “Achamos que lar basta ter um homem e uma mulher. Família não é só isso. Nuclear uma família significa criar condições para uma vida digna. Por isso, é com alegria que estou aqui”, disse o padre Vicente ao celebrar o casamento.
Punições
O documento emitido pela diocese prevê que o padre deve continuar afastado da função até o dia 7 de dezembro e, depois disso, não poderá celebrar casamentos por mais um ano. Em 2021, segundo o preceito penal, o pároco deve, ainda, fazer um curso sobre matrimônios “segundo a perspectiva teológica, jurídica e pastoral”.
Além disso, padre Vicente está proibido, por três anos a partir da sua readmissão na função em dezembro de 2020, de participar de qualquer programa televisivo, de rádio e internet, ou utilizar qualquer meio de comunicação. Segundo o documento, ele deve se abster de “exprimir juízo ou opiniões sobre a doutrina da Igreja Católica no que se refere ao Sacramento do Matrimônio”.