Passageiro e motorista da Uber poderão gravar áudio de viagens no Brasil

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Recurso de gravação de áudio estará disponível em todo o Brasil (Amanda Dias/BHAZ)

A Uber anunciou que passageiros e motoristas poderão gravar áudio das viagens, que ficará criptografado e poderá ser usado por ambos em situações necessárias. A medida, que já está disponível em Belo Horizonte desde o dia 23 de junho, passa a valer para todo o Brasil, mas ainda sem data confirmada.

Além disso, foram apresentadas na manhã desta quinta-feira (3) a checagem de documento dos usuários, a criação de conteúdos educativos de segurança viária para os entregadores parceiros e a expansão de ferramentas como a detecção de paradas inesperadas, que agora também vai identificar se a viagem terminar antes do destino final. Outro ponto importante é a continuidade do projeto que visa auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica.

O diretor do Tech Center da Uber no Brasil, Marcello Azambuja, falou sobre todos os recursos de segurança já existentes no aplicativo – antes, durante e depois de uma viagem. O centro contará com investimento de R$ 250 milhões ao longo de cinco anos.

“Temos um centro de desenvolvimento no Brasil focado em segurança. A tecnologia é um fator crucial para o desenvolvimento de medidas escaláveis e permite enfrentar a violência urbana. A Uber conecta pessoas no mundo digital para se encontrarem no mundo real e está comprometida em diminuir riscos e aumentar a segurança de todos que usam a nossa plataforma”, resumiu Marcello.

Gravação de áudio e outros recursos

O recurso de gravação de áudio, que já estava disponível para motoristas e usuários de 16 cidades, incluindo Belo Horizonte, chegará a todo o Brasil. A partir de agora, tanto o usuário quanto o motorista parceiro terão a opção de relatar um incidente de segurança e anexar o arquivo de gravação de áudio. O áudio permanece criptografado e armazenado diretamente no dispositivo de quem fez a gravação. A Uber só poderá acessá-lo se for compartilhado como parte do relato.

Erik Theuer, gerente geral de produtos, iniciou sua participação explicando o novo recurso de checagem de documentos dos usuários e anunciou a expansão das ferramentas de gravação de áudio e também de detecção de paradas inesperadas.”Hoje damos mais um passo para aprimorar a identificação dos usuários em nossa plataforma. As pessoas que solicitarem sua primeira viagem em dinheiro terão de tirar uma foto do documento de identidade (RG ou CNH), além de passar pela verificação existente de CPF”, disse Theuer. O recurso ainda não tem data para lançamento.

• Checagem de documentos de usuários: Usuários que optarem por pagar sua primeira viagem em dinheiro, sem fornecer dados do meio de pagamento digital (cartão de crédito ou débito), precisarão fornecer um documento de identidade, como RG ou CNH. A tecnologia já é utilizada pela Uber em países como Chile, México e Argentina .

• U-Ajuda 2.0: A ferramenta lançada no ano passado ganhou uma nova versão. Agora, além de detectar automaticamente paradas inesperadas ou longas, será identificada também a conclusão de viagens fora do destino planejado. A mudança não prevista é detectada por meio da tecnologia do GPS e direciona o usuário ou motorista parceiros para os recursos de segurança do app.

Violência contra a mulher

Claudia Woods, diretora geral da Uber no Brasil, encerrou o evento relembrando os investimentos da empresa em medidas de segurança diante da pandemia da Covid-19. “Enquanto empresa de mobilidade, não medimos esforços para tornar nossa plataforma ainda mais segura e apoiar nossos parceiros nesse momento”.

Cláudia também falou sobre as parcerias da empresa em iniciativas de combate a violência contra a mulher. Ela destacou a expansão até dezembro do projeto criado em meio à pandemia para apoiar mulheres vítimas de violência doméstica, em parceria com o Instituto Avon e a Wieden+Kennedy, que já atendeu a mais de 3.300 mulheres. A ferramenta tem uma assistente virtual que, por meio de um chatbot, oferece uma forma silenciosa das mulheres pedirem ajuda e receberem a orientação necessária dentro de suas próprias casas.

“A violência contra a mulher é um problema social complexo, mas queremos combatê-lo junto com a sociedade civil e as organizações especialistas. Temos esse compromisso desde 2018, com uma série de projetos, como o treinamento de agentes, pesquisas e podcasts educativos. A partir de agora, expandiremos para o combate ao racismo e à LGBTQfobia.”, completou.

Edição: Marcela Gonzaga
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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