A Petrobras anunciou, na manhã desta segunda-feira (9), que vai reajustar o preço do diesel para as distribuidoras. O valor médio de venda passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 – quase 8,9% de reajuste – por litro, segundo divulgado em nota. A empresa alega que o preço do combustível não sofre modificações há dois meses, sendo que o último ajuste refletiu “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”.
De acordo com a estatal, os valores atuais cobrados pela gasolina e pelo gás de cozinha foram mantidos. O comunicado afirma que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba. Isto é, uma variação de R$ 0,36 por litro.
O último reajuste aconteceu em 11 de março e, segundo a Petrobras, refletiu somente uma parte da elevação observada nos preços de mercado. A decisão observou tanto o “desalinhamento nos preços” quando a “elevada volatilidade” no mercado. Desta vez, a Petrobas defende estar seguindo outros fornecedores de combustíveis no país que, segundo a empresa, já promoveram os ajustes de venda acompanhando os preços de mercado.
Redução da oferta
De acordo com a Petrobras, o balanço global do diesel sofre impactos da redução da oferta frente à demanda, uma vez que os estoques estariam reduzidos. Tal desequilíbrio, segundo nota, resultou na elevação dos preços no mundo inteiro, com a “valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo”.
A estatal alega que as refinarias estão operando próximo de seu nível máximo e que, mesmo assim, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros meios. Levando isso em conta, equilibrar os preços com o mercado seria uma condição necessária para suprir adequadamente toda a demanda, “de forma natural”, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado.
Parcela do preço final
O comunicado também salienta que os preços praticados pela Petrobras são apenas uma parte dos valores que chegam ao consumidor final. “Para formação do preço na bomba ainda são adicionadas parcelas da mistura obrigatória de biodiesel, custos e margens de distribuição e revenda, e tributos que, no caso do diesel, atualmente limitam-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS e COFINS tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11/03 até 31/12/2022”, diz a estatal.
Com isso, “a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos da volatilidade, ou seja, evita o repasse das variações temporárias que podem ser revertidas no curto prazo”.
Relembre último reajuste
No mês de março, a Petrobras anunciou o último reajuste no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que não sofria alterações desde outubro do ano passado. O preço médio da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Já o diesel passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.
Para o GLP, o preço médio de venda passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.