O céu será iluminado, na noite desta terça-feira (1º), pela segunda superlua do ano de 2023. A primeira ficou visível no início de julho, e o mês de agosto ainda promete uma nova aparição do fenômeno. A informação é do Observatório Nacional, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Segundo a unidade de pesquisa, a lua estará maior e mais brilhante nesta noite e também no dia 30 de agosto. Isso porque ela estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra.
De acordo com Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, o fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta, desde que o tempo esteja favorável. Em Belo Horizonte, a lua deve nascer hoje por volta das 17h43.
Superlua
A superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância entre a Terra e a lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.
Portanto, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando o satélite se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu. Em média, a distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 382,9 mil quilômetros.
Josina Nascimento reforça ainda que o termo “superlua” não é uma definição científica. A palavra foi criada pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto.
Não está claro por que ele escolheu o corte de 90% em sua definição, e, como o termo não é originalmente científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da Lua em relação à Terra que caracteriza a superlua.
Superlua do Esturjão
O Old Farmer’s Almanac, responsável por dar nomes às superluas há décadas, chamou o fenômeno previsto para hoje de “Superlua do Esturjão”.
Segundo o almanaque, tribos que viviam na região que hoje é o nordeste dos Estados Unidos chamavam a lua cheia em agosto de Lua dos Esturjões, em homenagem aos grandes peixes que eram mais facilmente capturados nesta época do ano nos grandes lagos e em outros grandes corpos d’água.
Outros nomes associados esta lua incluem a Lua Vermelha, a Lua do Milho ou da Milho Verde, a Lua da Cevada, a Lua das Ervas, a Lua dos Grãos e a Lua do Cão.
Já a superlua de 30 de agosto é chamada de “Lua Azul”, por ser a segunda lua cheia do mês.