Sobrevivente de Suzano se fingiu de morta durante checagem de assassinos

Ueslei Marcelino/Agência Brasil/Divulgação

A estudante Jenifer Silva Cavalcanti de 15 anos é uma das sobreviventes do massacre de Suzano e, para se salvar, fingiu-se de morta, no dia 13 de março. A jovem concedeu uma entrevista ao G1 e contou os momentos de terror que viveu.

A jovem foi baleada duas vezes, uma no abdômen e outra de raspão no ombro. A estudante estava junto de outras duas amigas e usou o cabelo ensanguentado para fingir-se de morta. Os autores voltaram para conferir se todos estavam mortos. “Aí eu fiquei parada, quieta. Mas o Samuel estava atrás de mim e fez barulho. Mataram ele”, lembra a sobrevivente.

Atualmente, ela vive com uma bala alojada. O tratamento é feito por uma equipe de cirurgia geral do Hospital Luzia de Pinho Melo. Ela foi operada no local, ainda no dia do massacre, e depois ficou internada por sete dias.

“A bala feriu o intestino e ainda está alojada nas costas. Por isso, eu estou com a bolsinha de colostomia e preciso voltar uma vez ao mês ao médico para fazer exames. Eu sinto um pouco de dor nas costas, por conta da bala, então só tomo um remédio para dor”, disse a jovem.

No dia do massacre, a estudante lembra que estava perto do Centro de Estudos de Línguas (CEL), na hora do intervalo. Nesse momento, ela ouviu três tiros, mas achava se tratar de bombinhas. Só no momento em que viu a confusão e pessoas correndo, que percebeu a gravidade.

“A gente correu também, mas não conseguiu entrar no CEL porque as salas estavam fechadas. Quando eu virei, dei de cara com o que estava com a arma. Ele veio até a gente e mandou ficar quieto. Antes ele tinha me dado um tiro no lado esquerdo, no abdômen. O segundo pegou na Letícia, no meu ombro e na Beatriz”, conta.

Após os assassinos checarem se estavam todos mortos, Jenifer conseguiu correr e se abrigar em uma casa próxima a escola.

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