O ex-presidente Lula acaba de deixar o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, em São Paulo e se entregar à Polícia Federal. Ele saiu por um dos portões do sindicato, atravessou a rua a pé e se dirigiu ao local onde estavam os carros da Polícia Federal. Durante esse curto trajeto, Lula caminhou com dificuldade e sob proteção de seguranças do sindicato e apoiadores.
A opção pela saída a pé acabou sendo a única que restou ao ex-presidente, que, minutos antes, havia recebido um ultimato da Polícia Federal para que se entregasse em 30 minutos, sob pena de sua situação jurídica se agravar. Diante disso, a solução encontrada por seus advogados e pelas lideranças do PT foi a tentar convencer as pessoas que estavam no local a liberarem a saída do carro de Lula.
Os pedidos foram feitos, entre outros, pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, que subiu no carro de som e explicou que a situação jurídica do ex-presidente poderia se complicar caso ele não se entregasse hoje. Com o início das falas, uma parte dos militantes que bloqueavam os portões acabou dirigindo-se para o local onde estava o caminhão de som, o que facilitou para que Lula deixasse o prédio do sindicato a pé e se dirigisse para onde estavam os carros da Polícia Federal, que deixaram o local em comboio, em direção ao aeroporto de Congonhas. De lá, Lula segue para Curitiba.
A sede da Polícia Federal na capital paranaense já está preparada para recebê-lo.
Em Belo Horizonte, nas regiões Centro-Sul, Pampulha, Noroeste, Norte e em outros locais, é possível ouvir foguetes, buzinas e muitas panelas sendo batidas após a prisão do ex-presidente.