André Valadão volta atrás e diz que pregador preso por estupro em SP era líder na igreja Lagoinha

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André Valadão se pronunciou novamente sobre caso do pregador da Lagoinha preso por estupro (Reprodução/@andrevaladao/Instagram + YouTube)

O pastor André Valadão voltou atrás e disse que Joilson Freitas, pregador preso por estupro contra menores de idade, era líder na Igreja Batista Lagoinha. Após a prisão do suspeito, na última quarta-feira (8), em Guarulhos (SP), Valadão disse que Joilson não era pastor e sim apenas “um membro na igreja”.

Em novo pronunciamento no Instagram, nesse sábado (10), Valadão disse que a primeira nota publicada pela Igreja Batista Lagoinha sobre o pregador preso por estupro não ser líder na instituição estava “dentro da informação que tínhamos sobre a vida do Joilson na igreja”.

“Até então, o que era cabível de conhecimento a nós, que ele era um membro comum, ativo na vida da igreja. Porém, ontem, no dia 9 de junho, soube claramente para nós na Lagoinha Global, que ele era um líder ativo na vida da igreja. Ele não era pastor na igreja, nem pastor consagrado”, diz o novo pronunciamento.

Página da Lagoinha mostra Joilson como pastor

Embora Valadão tenha esclarecido que Joilson não é pastor na Igreja Batista Lagoinha, em uma página do Facebook chamada “Lagoinha Guarulhos”, com informações sobre a instituição e diversos conteúdos sobre atividades nessa igreja, há uma postagem intitulando o acusado de estupro como pastor.

Na publicação, feita em maio deste ano, a página convidou os fiéis para o “Culto Fé” e colocou Joilson Freitas como pastor convidado do evento. Junto também está o pastor Marco Túlio, líder da Igreja Batista Lagoinha Guarulhos.

Postagem da página Lagoinha Guarulhos convidando para culto com pastor Joilson Freitas (Reprodução/Facebook)

Pastor da Lagoinha Guarulhos nega que Joilson era pastor

Marco Túlio também se pronunciou sobre o caso em seu Instagram, na manhã deste domingo, e também disse que Joilson Freitas não era “pastor consagrado”. O religioso reiterou a informação de que o acusado de estupro “exercia uma liderança sobre um departamento da igreja”.

“Esse moço era um líder ativo, mas não era um líder de células infantis, nem de adolescente. E também não era pastor porque ele nunca foi ordenado, não recebeu o óleo sobre a cabeça como é a prática da Igreja Batista da Lagoinha numa ordenação”, disse Marco Túlio.

Lagoinha se pronuncia novamente

Em nova nota, a Lagoinha Global também informou que “soube apenas na última sexta-feira” que Joilson Freitas “exercia um cargo de liderança ativa na comunidade”. A instituição reforçou que o suspeito dos crimes não era pastor.

“O acusado recebia uma ajuda de custo para os trabalhos voluntários que exercia e não tinha autorização – bem como nenhum líder possui – para realizar atendimentos fora do prédio da igreja”, disse a Lagoinha Global.

“De acordo com as informações dos líderes que o acompanhavam diretamente, era alguém acima de qualquer suspeita e nunca demonstrou indícios de que agia com tamanha brutalidade. O ocorrido surpreende e fere de forma indescritível toda a igreja em Guarulhos”, afirmou a instituição.

Confira a nova nota da igreja na íntegra:

Entenda o caso

O pregador Joilson Freitas, da Igreja Batista Lagoinha, foi preso nessa quarta-feira (8) suspeito de estuprar crianças em Guarulhos (SP). Um vídeo do portal Metrópoles mostra o momento em que a Polícia Civil prendeu o líder religioso em seu apartamento.

No momento da prisão, o pregador disse que “crê saber” o motivo pelo qual foi levado para a delegacia. De acordo com informações da publicação, a prisão é temporária. Conforme as investigações da polícia, Joilson liderava uma célula de crianças há 12 anos.

Durante os encontros, ele obrigava as crianças a pesquisarem vídeos e fotos pornográficos e chantageava os meninos para que não contassem nem aos pais e nem aos fiéis da igreja. Ele estuprava os menores no escritório de seu apartamento, segundo informações do portal.

Edição: Giovanna Fávero
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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