“O Brasil desperdiça mais de um caminhão de sangue todo dia por puro preconceito”. A mensagem esteve nas ruas de São Paulo em prol de uma campanha em defesa dos direitos LGBT.
Foram espalhadas bolsas de sangue pela cidade, com o intuito de alertar que o Brasil ainda é um dos países que gays e bissexuais não podem doar sangue. A proibição, do Ministério da Saúde, não faz referência diretamente à orientação sexual do doador, mas proíbe homens que se relacionaram com outros homens nos últimos 12 meses doem sangue. Ao mesmo tempo, a regulamentação diz que não se deve manifestar qualquer tipo de preconceito ou discriminação ligados à orientação sexual de cada um.
Obrigatoriamente, todo tipo de sangue doado deve passar por uma bateria de exames, inclusive de identificação do vírus HIV e HCV (hepatite C). Sendo assim, para os idealizadores da campanha, não existe razão para não aceitar doadores gays. O que a proibição faz é impedir o diálogo e reforçar estereótipos, afirma Leandro Ramos, diretor de programas da All Out, em entrevista para a Adnews.
A All Out é um movimento em defesa dos direitos LGBT, e realizou a campanha em parceria com a agência Africa e a Truckvan, e faz parte da chamada internacional #WastedBlood (sangue desperdiçado).
Veja o vídeo da campanha:
