A dívida da operadora de telefonia Oi chegou à um patamar insustentável, acumulando-se em torno de 60 bilhões. Dos quais, cerca de 40 bilhões devem-se à credores estrangeiros. Além disso, a companhia está inadimplente em R$ 1,2 bilhão com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por multas não pagas.
A empresa planejava uma fusão com a Tim, mas, após as negociações de fusão terem sido abortadas, a operadora perdeu a sua principal chance para recuperação de crédito. Caso a fusão tivesse se efetivado, a empresa receberia do fundo russo LetterOne, uma injeção de até US$ 4 bilhões. Contribuindo consideravelmente para a sustentação de sua situação financeira. Porém, sem o recurso, a Oi deve buscar uma solução alternativa de capital, como investidores, para, posteriormente, reestruturar a sua dívida.
Consequências
Caso a empresa não consiga quitar deus débitos, estará sujeita à dois tipos de regulamentação: O fim da concessão para telefonia e fixa ou a caducidade da licença de radiofrequência da operadora.
Segundo Dane Avanzi, advogado especializado em telecomunicações, o problema maior é que a Oi é uma operadora quase exclusiva em muitos estados, sobretudo no Norte e no Nordeste. Extrapolando a questão econômica e passando a ser um problema social.
Fonte: Estado de Minas