BH atinge menor taxa de transmissão de Covid-19 desde início de monitoramento em 2020

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Número médio de transmissão do vírus é o menor desde o início dos registros (Reprodução/Rodrigo Clemente/PBH)

O boletim epidemiológico divulgado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) nessa terça-feira (22) mostra que a transmissão de Covid-19 caiu substancialmente. Na tarde de ontem, o RT (Número Médio de Transmissão por Infectado) apontou 0,78. É o menor número desde que a PBH passou a monitorar a transmissão, em 15 de maio de 2020, data em que o registro indicou 1,09.

Os números evidenciam que o cenário do novo coronavírus em Belo Horizonte está se estabilizando. O RT divulgado pela administração municipal evidencia que, a cada 100 pessoas contaminadas, outras 78 também acabam infectadas pelo vírus. No atual cenário epidemiológico, a vacinação tem protagonismo no avanço.

Ao BHAZ, o infectologista Carlos Starling, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da PBH, afirma que esse é o comportamento esperado da variante ômicron. “À medida que a cobertura vacinal aumenta em Belo Horizonte, existe também uma elevada transmissibilidade do vírus”.

“Como resultado, a imunidade coletiva da população tende a aumentar, o que permite uma estabilização maior, quando comparado a janeiro e ao princípio de fevereiro”, pontua o especialista.

BH está na fase ‘platô’

Os leitos ofertados para a Covid-19 somam um terço do que existia em fevereiro do ano passado, segundo o infectologista. Mesmo nesse cenário com a necessidade de menos recursos, a demanda continua caindo. Isto é, há uma redução na pressão sobre o sistema hospital. Enquanto os leitos de UTI têm 66,2% de ocupação, os de enfermaria estão 48,4% ocupados.

Starling ressalta que a capital mineira está no “platô” da variante ômicron, uma vez que o pico “é uma grande montanha, chegamos ao fim mas continuamos andando”. Ele informa que BH se estabilizou num nível alto de incidência, mas os cuidados para combater a transmissão seguem necessários.

Novas variantes

“É muito provável que novas variantes ainda surjam, como temos observado nas ocasiões anteriores. Uma nova cepa surge a cada quatro ou cinco meses, então é importante levar em conta que a circulação viral segue existindo”, acrescenta, reforçando que a população deve evitar aglomerações.

Até essa terça-feira (22), 336.070 casos foram confirmados em Belo Horizonte. Enquanto 325.024 pessoas se recuperaram desde o início da pandemia, outras 7.366 faleceram em virtude da doença. 3.680 seguem em acompanhamento.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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