Após a queda do isolamento social em Minas, o governo está reavaliando o programa Minas Consciente. A informação foi passada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, nesta segunda-feira (13). Minas Gerais tem registrado aumento no número de casos e de mortes provocadas pela Covid-19.
“O Minas Consciente é um plano que foi um dos primeiros estaduais de adequação do isolamento, em relação à mobilidade urbana e à atividade econômica. Estamos em plena reavaliação dos seus resultados e do caminho que vai tomar”, disse Amaral.
Dados do Governo de Minas indicam que o Estado tem 41,22% de média de isolamento atualmente. “É fundamental que tenhamos equilíbrio adequado entre o isolamento, a preservação da vida, o controle da epidemia e a economia num Estado que é tão grande como Minas Gerais”, completou o titular da pasta.
Enquanto o índice diminui, apesar de estar acima da média nacional (40,50%), os diagnósticos positivos de Covid-19 seguem aumentando. Nas últimas 24h, o Estado registrou 971 novos infectados e 39 mortes em decorrência do novo coronavírus. Ao todo, já são 76 mil infectados e 1.615 mortes provocadas pela doença.
O que é o Minas Consciente?
Romeu Zema (Novo) explicou, em abril, que o plano Minas Consciente foi elaborado a partir de uma parceria entre a Sedese (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social) e a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde).
Primeiro, a Sedese fez uma lista levando em consideração o número de trabalhadores de cada setor, o impacto do fechamento dos serviço para a economia, a importância de cada setor para a sociedade e os aspectos fiscais. Depois, a SES-MG fez um cruzamento de dados levando em consideração, por exemplo, o potencial da aglomeração da atividade.
Além disso, um estudo foi realizado por região. O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, acrescentou, na ocasião, que a iniciativa não era rígida. Dependendo do número de casos, o plano poderia sofrer alterações. “Nós podemos avançar, parar ou retornar ao nível anterior”, explicou Carlos.
‘Onda 0’
Os serviços essenciais que, estão funcionando desde o início da pandemia, foram nomeados de “Onda 0”. A ideia é que os prefeitos e empresários dos 853 municípios de Minas Gerais adotem os mesmos cuidados para manter os negócios. As orientações de uso de máscara, higienização e a proibição de aglomerações estão mantidas (relembre aqui).
Entre os setores que compõem a “Onda 0”, estão: hipermercados, lojas de material de construção, autopeças, farmácias, revenda de gás, padaria, açougue, posto de gasolina, e etc.
‘Primeira Onda’
O governo considerou que esses serviços tem “baixo risco”. Entre os setores estão lojas de artigos esportivos, empresas de publicidade, lojas de vestuário e calçados, lojas de fogos de artifício, agências de turismo, concessionárias, entre outros.
‘Segunda Onda’
A “Onda 2” abrange empresas que, conforme a classificação do governo, apresentam risco médio para a disseminação da Covid-19. Fazem parte da lista comércios como papelarias, floriculturas, comércio de animais vivos, tabacaria, hotéis, lojas de brinquedo, e etc.
‘Terceira onda’
As empresas que integram a “Onda 3″ são aquelas com maior risco de disseminação do novo coronavírus, de acordo com o estudo. No grupo dos últimos comércios que vão reabrir estão livrarias, lojas de variedades, salões de beleza, bancas de jornais, lojas duty free de aeroportos.