Secretário de Saúde diz que ‘pico da ômicron em Minas passou’, mas reforça importância da vacinação

Pico da ômicron Minas
Fábio Baccheretti informa que o número de mortes deve cair em duas semanas (Asafe Alcântara/BHAZ)

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10), a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) falou sobre o recuo da variante ômicron em Minas. De acordo com o secretário Fábio Baccheretti, o pico de infecção já passou, visto que estava previsto para os dias 1º e 2 deste mês. O especialista pontua que estamos “descendo a curva” da cepa.

“Obviamente algumas regiões ainda não estão descendo, mas as maiores regiões, especialmente Centro, Triângulo, Uberaba, Uberlândia e a região Sul são os destaques da queda [da variante ômicron] no estado”, pontua Baccheretti. O secretário ressalta que o desempenho em relação ao pico da ômicron em Minas é o esperado, e observado também em outros países.

Minas tem a menor ocupação de leitos

Citando levantamento da Folha de S. Paulo, Fábio Baccheretti informou que Minas Gerais teve uma onda de ômicron menos grave que os demais estados. Dessa maneira, considera que a manutenção dos leitos abertos foi uma estratégia muito importante durante o período. Mesmo com a tendência à queda, os registros da infecção se aproximam de 3 milhões desde o início da pandemia.

“Estamos descendo a curva como esperado e assim como observado em outros países. […] Estão caindo os casos, começando a cair pacientes aguardando internação e daqui a duas semanas começa a cair óbitos. É algo natural de qualquer onda que nós vencemos na pandemia. Então os óbitos continuarão crescendo, pois estão relacionados às internações de duas semanas atrás”, afirma.

Alertas sobre vacinação

Em fala sobre o pico da ômicron em Minas Gerais, Fábio informou que 2,4 milhões de mineiros ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus. “Esse número é importante também em relação ao reforço, por isso a importância de lembrar as pessoas que tem que tomar as duas doses e, os adultos, o reforço”.

O médico pontua que os indicadores mostram óbitos superiores nos grupos que não se vacinaram ou ainda não completaram o esquema vacinal. Segundo o líder da Saúde, estamos reduzindo os números de casos e internações mas, para normalizarmos a vida, é importante que a cobertura vacinal não pare. “A gente precisa vacinar a população não vacinada ainda pra que a gente vire de vez a página da pandemia no estado de Minas”, enfatiza.

O número de crianças mineiras vacinadas com a primeira dose já se aproxima de 400 mil. Baccheretti teceu elogios aos pais, que foram responsáveis por deixarem seus filhos se imunizarem, e se mostrou animado com os avanços da vacinação infantil. “Já temos a capacidade hoje no estado de vacinar mais de 1,2 milhão crianças, que são as doses já disponíveis. Vamos receber amanhã mais vacinas da Pfizer para o público infantil”.

Até o momento, Minas Gerais recebeu 45 milhões de doses e mais de 38 milhões foram distribuídas aos municípios. O Vacinômetro da SES-MG mostra ainda que o estado está aumentando a cobertura, especialmente levando em consideração as recentes campanhas de imunização infantil contra a Covid-19. Quase 80% da população total receberam a primeira dose, enquanto cerca de 75% já tomaram a segunda.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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