O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), utilizou as redes sociais na noite dessa terça-feira (22) para se posicionar sobre a distribuição de doses das vacinas contra o coronavírus. O político ressaltou que o estado é responsável apenas pela distribuição dos imunizantes recebidos.
A publicação se deu em decorrência da polêmica envolvendo o repasse de doses das vacinas para Belo Horizonte. A capital mineira segue sem ampliar a imunização por faixa etária devido, segundo o Executivo municipal, por ter recebido menos doses do que o esperado.
“Vamos deixar claro uma coisa: as vacinas são enviadas pelo Ministério da Saúde, que determina o percentual destinado a cada grupo. Ao Governo do Estado cabe fazer a distribuição para 853 cidades de Minas. À cidade cabe realizar a aplicação com controle dos grupos”, afirmou Zema.
Vamos deixar claro uma coisa: as vacinas são enviadas pelo Ministério da Saúde, que determina o percentual destinado a cada grupo. Ao Governo do Estado cabe fazer a distribuição para 853 cidades de Minas. À cidade cabe realizar a aplicação com controle dos grupos.
— Romeu Zema (@RomeuZema) June 23, 2021
Na sequência da postagem, o governador reafirmou o compromisso de vacinar a população do estado, com a 1ª dose dos imunizantes, até outubro. “Todos os mineiros vão receber a vacina de acordo com o calendário divulgado na semana passada. Todos nós temos pressa”.
Esta é a maior operação de vacinação da história de Minas. Todos os mineiros vão receber a vacina de acordo com o calendário divulgado na semana passada. Todos nós temos pressa.
— Romeu Zema (@RomeuZema) June 23, 2021
O calendário citado por Zema prevê a vacinação por faixa etária da seguinte forma:
FAIXA ETÁRIA | INÍCIO DA VACINAÇÃO |
55 a 59 anos | Junho |
50 a 54 anos | Julho |
35 a 49 anos | Agosto |
25 a 34 anos | Setembro |
18 a 24 anos | Outubro |
Explicação
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou durante coletiva realizada ontem a razão de BH ter recebido menos doses do que o esperado pela administração municipal.
“Cada remessa de vacina vem carimbada”, disse. Com base nisso, o governo olha a proporção do grupo de cada cidade vacinado e encaminha os imunizantes.
Belo Horizonte, conforme explicado pelo secretário de Minas, deixou de receber a parte destinada para comorbidades nas remessas 23 e 24. “Não é que não recebeu nada. Por que BH não recebeu essas doses? Porque chegou a 100% do grupo de comorbidade na remessa 22. Como já tinha recebido toda sua parte, não tinha como receber doses para grupos específicos”.
Na 25ª remessa, segundo o secretário, a capital mineira “participou do rateio, pois não encerrou a vacinação das gestantes. “Tentei ser bem explicativo… São utilizados parâmetros técnicos claros. Óbvio que todos estão ansiosos para que o calendário de vacinação seja adiantado”, disse.