A Selic é a taxa referencial da economia brasileira. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC (Banco Central) para controlar a inflação. Além disso, a Selic é referência para todas as taxas de juros do Brasil, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
De acordo com informações do Banco Central, a Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
Origem do nome “Selic”
A origem do nome Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. De acordo com o Banco Central, esse sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro. É nele onde são transacionados os títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa.
Por que os juros que pagamos são sempre maiores que a Selic?
Silvânia de Araújo, economista e professora do (UNIBH) Centro Universitário de Belo Horizonte, explica que pagamos juros mais altos que a Selic.
“Principalmente na modalidade de crédito pessoal, cartão de crédito. Essas taxas elevadas se justificam pela falta de concorrência no mercado financeiro. Na verdade, pagamos taxas de juros tão altas em nosso país, porque temos um sistema financeiro extremamente concentrado, portanto com poder de mercado para precificar o custo do dinheiro. Isso se reflete nos preços que eles cobram pelos empréstimos e financiamentos”, afirma a economista.