A Procuradoria de Milão registrou nessa segunda-feira (31) o procedimento do pedido de execução de pena e extradição contra o jogador Robinho e um amigo dele, Ricardo Falco, por violência sexual. O processo teve início após 12 dias da confirmação da condenação a nove anos de prisão do jogador de futebol e do amigo, dada pela Corte de Cassação – a última instância da Itália.
O escritório de execução da Procuradoria elaborará o pedido de extradição com um mandato de prisão internacional nos próximos dias. O protocolo segue as normas da justiça italiana, que já enviou os atos da instância máxima ao MP (Ministério Público), que está sob liderança da procuradora Adriana Blasco.
Após a identificação dos condenados, o protocolo transmite o pedido de extradição ao Ministério da Justiça da Itália, notifica às autoridades brasileiras e emite o pedido de prisão. A constituição brasileira não permite que cidadãos condenados em outros países cumpram pena fora, assim o Brasil não deve realizar a extradição.
Entretanto, com o mandado de prisão internacional, caso Falco e Robinho saiam do país, podem ser extraditados se o destino tiver um acordo do tipo com a Itália. Atualmente Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, todos os membros da União Europeia, possuem esse tipo de acordo.
Condenação
A terceira e última instância da justiça italiana julgou e condenou o jogador Robinho a 9 anos de prisão pelo crime de violência sexual de grupo. O crime ocorreu numa boate na cidade italiana de Milão e foi praticado contra uma mulher de origem albanesa. À época, janeiro de 2013, Robinho jogava no clube Milan.
