Dois jogadores de futebol ucranianos morreram após os ataques das forças armadas russas no país, que completaram uma semana em curso. As mortes representam as primeiras perdas no futebol causadas pela guerra na Ucrânia.
Vitalii Sapylo, que precisou servir o exército, morreu em combate aos 21 anos. Já Dmytro Martynenko, de 25 anos, teve o apartamento da família bombardeado. A FIFPRO (Federação Internacional de Futebolistas Profissionais) confirmou as mortes.
‘Descansem em paz’
“Nossos pensamentos estão com as famílias, amigos e colegas de time dos jovens jogadores ucranianos Vitalii Sapylo e Dmytro Martynenko, primeiras perdas do futebol nesta guerra. Que os dois descansem em paz”, postou a FIFPRO nas redes sociais.
Atletas no exército
Jogadores de futebol ucranianos também foram convocados para servir as Forças Armadas da Ucrânia. Desde a última sexta-feira (25), todos os cidadãos do sexo masculino de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país pelo Serviço de Guarda de Fronteiras.
De acordo com o serviço, a ordem está em vigor enquanto houver a Lei Marcial, decretada pelo presidente Volodymyr Zelensky na última quinta (24). Pelas redes sociais, o político anunciou a lei e informou que os cidadãos dispostos a defender o país receberão armas do governo.
2 mil civis mortos
Após sete dias de invasão russa na Ucrânia, as autoridades do país afirmam que mais de 2 mil civis já foram mortos. Segundo o Serviço de Emergência do país, também foram destruídas centenas de estruturas, incluindo instalações de transporte, hospitais, creches e residências.
O número de vítimas foi divulgado pela Ucrânia nesta quarta-feira (2). “Crianças, mulheres e forças de defesa estão perdendo a vida a cada hora”, informou o país em comunicado enviado a agências de comunicação internacionais.
O dado divulgado está acima do informado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo a entidade, são aproximadamente 500 civis mortos até o momento. No entanto, a ONU assume a possibilidade da cifra ser maior, por dificuldades de estimar com exatidão em meio ao conflito.
Ataque a Kharkiv
Também nesta quarta-feira (2), a Rússia anunciou a tomada de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana. Pelas redes sociais, a Ucrânia confirmou que a região foi fortemente bombardeada durante a madrugada. Os mísseis russos chegaram a atingir um hospital na cidade.
“Praticamente não restam áreas em Kharkiv que não foram atingidas por projéteis de artilharia”, informou o governo ucraniano. Os mísseis destruíram prédios de universidades, da polícia e a embaixada da Eslovênia no país.