O atacante Neymar, do PSG e da seleção brasileira, irá a julgamento no dia 17 de outubro deste ano, cerca de um mês antes da Copa do Mundo do Catar, que tem início em 21 de novembro. Além do atleta, os pais dele, a empresa da família e os clubes Barcelona e Santos são acusados de fraude e corrupção no processo de transferência de Neymar do time brasileiro ao catalão em 2013.
Segundo a promotoria do caso, em 2011, Neymar assinou “contratos simulados com o Barça, ignorando que os direitos do jogador pertenciam ao Santos e à DIS, grupo de empresários”. As informações foram publicadas pelo jornal espanhol El País.
Prisão e multa
O processo partiu da reclamação do grupo de investimento brasileiro DIS, que detinha parte dos direitos de transferência da Neymar. Na alegação, o DIS relata ter sido prejudicado ao receber menos dinheiro do que deveria receber na época da contratação de Neymar pelo Barcelona.
Assim, a promotoria solicitou dois anos de prisão para o atleta brasileiro, bem como o pagamento de multa de 10 milhões de euros, cerca de R$ 54,2 milhões. Já a DIS pede cinco anos de prisão para Neymar, e que ele seja proibido de jogar futebol durante esse tempo.
Investigações
Para detectar se alguma parte do dinheiro da taxa de transferência foi ocultada, foram feitas investigações na Espanha e no Brasil. Em 2017, o Tribunal Superior da Espanha rejeitou os recursos de Neymar, que já negou ter cometido irregularidades no processo. Após essa rejeição ao atleta, aos pais, N&N e ambos os times, o caso pôde continuar sendo julgado.
O processo passou do Tribunal Superior Nacional da Espanha para o Tribunal Superior de Barcelona e vem se estendendo há sete anos, desde a denúncia da DIS. A empresa ainda desejaria 150 milhões de euros (R$ 813 milhões) de indenização.
Neymar e mais acusados
Em outubro, Neymar estará em julgamento ao lado de mais partes acusadas: Neymar e Nadine, seus pais; Odílio Rodrigues, ex-presidente do Santos; N&N, a empresa da família; Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, ex-presidentes do Barcelona.
O clube da Espanha também é acusado como pessoa jurídica. A promotoria solicitou que a instituição catalã pague multa de 8,4 milhões de euros, aproximadamente R$ 45,5 milhões.
O julgamento irá ocorrer na Corte Provincial de Barcelona e caso deve ser concluído ao longo de sete sessões até o dia 31 de outubro deste ano – a poucos dias do início da Copa do Mundo.