Com Agência Brasil
Um pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas durante a Operação Olho de Águia, da PCRJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro), deflagrada na manhã desta terça-feira (22), na capital fluminense. Os policiais cumpriram 16 dos 27 mandados de prisão preventiva expedidos pela justiça.
A delegada Carina Bastos, da 18a DP (Praça da Bandeira), declarou que, durante a ação na comunidade do Jacarezinho, a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi recebida a tiros. Este caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Segundo a PCRJ, o grupo planejava invadir o Estádio do Maracanã amanhã à noite, durante a segunda partida pela semifinal da Taça Libertadores da América entre Flamengo e Grêmio.
“Eles se associaram para a prática de diversos crimes, como roubo, falsificação de documentos, lesão ou até homicídio se fosse necessário, se a polícia impedisse a invasão. O que fosse preciso para invadirem o Maracanã. A simples associação para a prática de crimes já é tratada como crime”, afirma delegada.
Ela também revelou que a investigação descobriu os planos do grupo, por meio de interceptação de conversas no WhatsApp, monitoradas desde sexta-feira (18).
De acordo com a Polícia Civil, o grupo era aberto e policiais da inteligência conseguiram se infiltrar na conversa. “Na sexta-feira, a gente recebeu, da inteligência digital, a informação da criação desse grupo e então começamos a adotar diversas diligências para identificar os membros do grupo e tentar impedir que esse fato ocorresse. Foram várias investigações durante todo o fim de semana”, conta a delegada.
As equipes da Core ainda estão nas ruas para cumprir os mandados. A investigação ainda não está concluída e podem ser expedidos mais mandados de prisão. A polícia ainda não decidiu se haverá restrição judicial para a presença de algum torcedor no jogo de amanhã. O balanço final deve ser divulgado no fim do dia.
Indignação da torcida
A reação dos torcedores flamenguistas nas redes sociais foi, em sua maioria, de revolta com o plano da invasão. Parte da reação negativa se deve à preocupação com o próprio clube e possíveis punições sofridas, caso a invasão ocorresse.
Um dos motivos para a preocupação, vem do histórico do próprio time: em dezembro de 2017, torcedores flamenguistas tentaram invadir o Maracanã na final da Copa Sul-Americana, contra o Independiente, time argentino. A confusão nos arredores do estádio rendeu uma punição ao clube: a Conmebol determinou que o Flamengo deveria manter os portões fechados nos dois primeiros jogos como mandante da Libertadores de 2018.
Se acontecer uma nova invasão igual em 2017, a Conmebol vai acabar proibindo o Flamengo de jogar a Libertadores por um tempo, ou jogará todos os jogos de portões fechados.
— EuclidesFla (@EuclidesFla) October 22, 2019
NÃO INVADAM O MARACANÃ!!!
Eu jamais faria qualquer coisa q pudesse prejudicar o Flamengo de alguma forma, pq eu sou torcedora e amo o meu time, essas pessoas que queriam invadir o Maracanã, sabendo das consequências, não são torcedores, são BANDIDOS.
— VAMOS FLAMENGO (@crfcamis) October 22, 2019
Quem tenta invadir o Maracanã tem que ser preso mesmo. É criminoso e ainda articula para montar uma quadrilha e enfrentar a polícia. Coloquem esses criminosos tudo na cadeia. Isso é um VERGONHA
— BastidoresCRF (@BastidoresFla) October 22, 2019