Fãs e artistas lamentam morte de Carlos Lyra, aos 90 anos

Causa da morte do artista ainda não foi revelada (Reprodução/Redes Sociais)

Morreu, na madrugada deste sábado (16), o cantor e compositor Carlos Lyra, aos 90 anos. A informação foi dada pela família e confirmada pelas redes sociais oficiais do artista. Também pelas redes sociais, ícones da música brasileira lamentaram a morte do letrista.

“É com imensa tristeza que comunicamos a passagem do compositor Carlos Lyra, nessa madrugada, de forma inesperada. A todos, agradecemos o carinho”, registra um post na conta oficial de Lyra no Instagram. Nos comentários, fãs do artista se manifestaram.

“Um artista que abraçava as causas brasileiras sem perder a ternura jamais”, postou um seguidor. “Foi um dos maiores compositores brasileiros. Além de ser de uma simpatia única. Sempre deixou seus colegas, sobretudo os mais novos, muito à vontade. Que sua música e sua memória nos acompanhe por muitos e muitos anos!”, comentou outro.

O músico baiano Gilberto Gil também prestou sua homenagem. Pelo Instagram, o artista deixou um recado à família de Lyra junto de uma interpretação da música “Saudade fez um Samba”, de Carlos e Ronaldo Bôscoli. “Tristes com a notícia da partida de Carlos Lyra, que nos deixa aos seus 90 anos com um legado extraordinário. Um forte abraço em toda a família e amigos”, postou Gil.

O alagoano Djavan também homenageou o artista carioca. “Carlinhos deixa um grande legado artístico, tendo composto centenas de canções”, relembrou. “Que esse grande mestre siga em paz! Um abraço carinhoso para seus familiares, amigos e fãs”, publicou.

Quem foi Carlos Lyra?

Revelado em disco na voz de Sylvia Telles (1935 – 1966), cantora que gravou “Menino” em 1956, Lyra foi um dos grandes compositores da bossa nova. Além de músico consagrado, o carioca também desempenhou papel fundamental na difusão da cultura brasileira. Lyra foi um dos responsáveis por fundar o Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes, em 1961.

Ao lado de Vinícius de Morais, o letrista assina composições como “Marcha da quarta-feira de cinzas” (1963), “Minha namorada” (1964), “Primavera” (1964) e “Sabe você” (1964). Também é o compositor de “Maria Ninguém” (1959) e “Lobo Lobo” (1959), de parceria com Ronaldo Bôscoli.

Ao longo da carreira, o artista jamais escondeu sua ideologia. Foi o responsável pela composição da trilha sonora da peça “A mais valia vai acabar, seu Edgar” (1960), do diretor paulistano Oduvaldo Vianna Filho. Pelas críticas e retaliações políticas, o compositor foi homenageado por Millôr Fernandes nos anos 1960: “Ninguém é Carlos Lyra impunemente”, dizia o autor.

Edição: Lucas Negrisoli
Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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