Festa universitária gera polêmica após vazamento de lista de pegação com ‘cardápio de mulheres’

O Ministério Público Federal de Goiás (MPF/GO) confirmou, nesta terça-feira (2), abertura de procedimento para investigar uma “lista de pegação” divulgada por meio das redes sociais nas últimas semanas. O catálogo, uma espécie de “cardápio de mulheres”, distribuía pontos de forma variada para estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) que ficassem com mulheres de determinadas características. A competição entre os alunos ocorreu durante a realização dos últimos Jogos Internos da instituição, no fim de maio.

Os perfis destacados pela lista, que começou a ser compartilhada pelo aplicativo WhatsApp, revelam uma série de preconceitos contra as mulheres. Entre eles estão, “pretinha bonitinha”, “mulher preta feia” e “mulher gorda”, entre outros. A ideia do chamado “Regulamento InterUFG 2016” é atribuir pontos para quem tiver relações sexuais com parceiras que se enquadram nas categorias listadas. Veja a imagem:

regulamento idiotas
Reprodução/Facebook

A ação do MPF tem como objetivo cobrar explicações da UFG sobre as providências que vão ser tomadas a respeito do caso e acompanhar o andamento delas, principalmente no que diz respeito às penalidades aplicáveis aos envolvidos. A universidade informou à imprensa que ainda não foi notificada a respeito do procedimento, mas que já começou a discutir o assunto. Além de impedir que os estudantes utilizem o nome da instituição em eventos futuros, a reitoria também declarou que universitários diretamente envolvidos no fato podem ser expulsos.

A lista de pegação também virou caso de polícia e é investigada, desde que começou a ser compartilhada, pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). A corporação apura o catálogo por causa do crime de racismo, previsto no Artigo 20 da Lei 7716/89, já que citações como “mulher pretinha” e “preta feia” foram feitas. A pena, em caso de condenação, pode variar de 1 a 3 anos de prisão.

Assim que o caso ganhou repercussão, os organizadores do evento divulgaram uma nota na qual afirmam repudiar “todo e qualquer esquema de pontuação de conotação sexual divulgado em redes sociais”. Veja abaixo:

nota de repudio
Reprodução/Facebook

 

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