A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) deram início a um trabalho de mapeamento do hip-hop no estado. A medida é o primeiro passo para viabilizar ações de valorização da expressão artística, dentre elas o reconhecimento do hip-hop como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais.
A iniciativa é realizada no ano em que a cultura hip-hop celebra 50 anos de seu nascimento nas periferias de Nova York, nos Estados Unidos, e quatro décadas do início do movimento no Brasil. Disponível no site do Iepha, o cadastro de Identificação das Expressões das Culturas Populares e Tradicionais é uma demanda reivindicada por artistas e produtores há anos.
O objetivo do cadastro é reunir dados que forneçam subsídios ao trabalho do Iepha. A partir desse levantamento será possível iniciar outras fases, com a própria elaboração de um dossiê, o que pode levar cerca de 18 meses para ser concluído.
No fim de outubro, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, se reuniu no Palácio da Liberdade com articuladores culturais, integrantes de coletivos e representantes do Governo de Minas. No encontro, foram discutidas pautas como a inclusão do hip-hop ao programa Afromineiridades, além do reconhecimento da expressão como patrimônio imaterial do estado, um dos objetivos do cadastro agora lançado pelo Iepha.
Afromineiridades
Incorporado ao projeto Afromineiridades, o hip-hop entra em uma lista que já reúne outras manifestações populares catalogada. É o caso das danças tradicionais, dos Congados e Reinados de Minas Gerais, das Folia de Minas, das expressões culturais indígenas, da cerâmica do Vale do Jequitinhonha e dos Lugares da Cozinha Mineira, entre outras.
Como fazer o cadastro?
Para responder ao inventário do hip-hop é preciso acessar o site do Iepha, clicar na seção Afromineiridades, depois em Cadastros do Patrimônio Cultural – Afromineiridades. Feito isso, basta escolher a opção Cadastro de Identificação: Expressões das Culturas Populares e Tradicionais e preencher os campos faltantes.