Advogado da mineira Letícia Maia, detida nos EUA, tenta extradição para o Brasil

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A mineira Letícia Maia Alvarenga, detida em 2 de outubro nos Estados Unidos, pode ser extraditada para o Brasil junto de Desirrê Freitas (Reprodução/Redes sociais + Franklin County Sheriff’s Office)

A mineira Letícia Maia Alvarenga, detida em 2 de outubro nos Estados Unidos, pode ser extraditada para o Brasil junto da amiga Desirrê Freitas. Ao BHAZ, o advogado Christian Thomas, que representa as supostas vítimas da influenciadora “Kat A Luz”, conta que tem se mobilizado para trazê-las de volta ao país de origem.

“A gente fez um empenho, mas não depende só da gente. Essa informação vai ser confirmada pelo governo brasileiro por meio do Itamaraty”, declarou ele. Letícia e Desirrê foram presas junto de Kat pela polícia de fronteira do estado do Maine.

Ao BHAZ, o Itamaraty informou que acompanha o caso e que informações detalhadas só podem ser repassadas com a autorização dos envolvidos. “A rede consular brasileira nos EUA permanece à disposição para prestar a assistência cabível às cidadãs, assim como a seus familiares, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”, disse, em nota (leia na íntegra abaixo).

Ao jornal O Globo, a advogada Gladys Carolina, que atua ao lado de Christian em prol das brasileiras, disse acreditar que as duas tenham sido detidas por problemas no visto. As duas foram encaminhadas ao Stewart Detention Center enquanto Kat Torres foi presa no Cumberland County Jail.

Relembre

Natural de Perdões, no Sul de Minas, Letícia foi trabalhar no Texas, nos Estados Unidos, junto da paulista Desirrê Freitas. As duas chegaram a ser dadas como desaparecidas por familiares, que alegaram que a influenciadora Kat Torres, conhecida como “Kat A Luz”, teria aliciado as jovens a se prostituir.

A Polícia Civil de Minas Gerais chegou a abrir um inquérito para investigar o suposto desparecimento de Letícia, mas as investigações foram encerradas depois que a jovem voltou a aparecer em suas redes sociais.

Por meio de um perfil no Instagram, Letícia e Desirrê acusaram até mesmo a modelo Yasmin Brunet de comandar o esquema de tráfico de pessoas o qual elas seriam vítimas.

“Era ela que nos iludia e nos agenciava com o esquema de programas que ela tem nos Estados Unidos. Ela trafica meninas, mas vocês não querem ouvir”, publicou Letícia em 18 de outubro.

No último dia 26, Yasmin esteve numa delegacia de crimes digitais em São Paulo para dar início às ações judiciais contra Letícia Maia, Kate A Luz e Desirrê Freitas (veja aqui).

Nota do Itamaraty na íntegra

O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua área consular, acompanha a situação das brasileiras e mantém interlocução sobre o caso com as autoridades norte-americanas competentes. A rede consular brasileira nos EUA permanece à disposição para prestar a assistência cabível às cidadãs, assim como a seus familiares, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.

Edição: Pedro Rocha Franco
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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