Biden considera banir importação de vodca da Rússia e anuncia novas sanções ao país

Biden
Segundo o presidente dos EUA, todos os países do G7 vão aumentar as sanções à Rússia (U.S. State Department)

Em pronunciamento no início da tarde de hoje (11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou mais sanções econômicas à Rússia. A decisão foi tomada em meio à invasão russa à Ucrânia, conflito que é alvo de oposição por parte do Ocidente.

“Vamos tomar medidas para negar o status de ‘nação mais favorecida’, que significa que dois países concordam em fazer negócios entre eles nos melhores termos possíveis, com menos barreiras e com mais comércio, maior volume de importações”, afirmou.

“Quando a Rússia perder esse tipo de status, ficará mais difícil fazer negócio com os Estados Unidos e também com outros países que representam a metade da economia global”, completou o presidente dos EUA.

Nessa terça-feira (8), Biden já havia anunciado a suspensão da importação de petróleo da Rússia, além de dizer que está trabalhando com parceiros europeus para reduzir a dependência da energia russa.

Sanções

Segundo Joe Biden, todos os países do G7 vão aumentar as sanções à Rússia. O grupo reúne os países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Uma das medidas que poderão ser adotadas pelos Estados Unidos, segundo ele, é o banimento das importações de diamantes, vodca e pescados da Rússia.

“E vamos impedir também que a Rússia lidere instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras. Putin é o agressor e precisa ser responsabilizado”, disse. Ainda conforme o Biden, o G7 está aumentando a pressão sobre os “bilionários corruptos” da Rússia.

“Estamos aumentando também a coordenação entre países do G7 para pegar os bens dessa gangue. Eles apoiam Putin e roubam o povo russo e tentam esconder seu dinheiro nos nossos países. Essa cleptocracia que existe em Moscou também precisa sentir a dor dessas sanções”, completou.

Otan não vai à guerra

Biden também lembrou que a bolsa de valores russa está fechada há duas semanas e afirmou que isso se dá porque os russos sabem que, quando abrir, ela vai colapsar. Ele também mencionou a queda do valor do rublo, moeda russa.

Por fim, o presidente dos EUA ainda garantiu: “não vamos lutar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia. Isso significaria um confronto entre a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e a Rússia, que seria a terceira guerra mundial”.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pede reiteradamente aos países do Ocidente que criem espaços de exclusão aérea para que aeronaves de outros países possam entrar no espaço aéreo ucraniano e abater aviões russos.

Por outro lado, os líderes da Otan são firmes em negar o pedido de Zelensky, por acreditarem que uma participação ativa na guerra causaria um confronto muito mais duradouro e sangrento.

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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