Países do Ocidente analisam impor novas sanções para ‘sufocar a economia’ da Rússia

sanções à Rússia
(Reprodução/Twitter + Reprodução/Ministério de Defesa da Ucrânia)

Países do Ocidente devem anunciar novas sanções contra a Rússia após onze dias da invasão militar à Ucrânia. Em visita à Romênia, a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, afirmou que o objetivo da medida é “sufocar a economia da Rússia e fazer com que o país mude de rumo na Ucrânia”. O Brasil já se declarou neutro no conflito.

“Impusemos com a Romênia, por meio da União Europeia (UE), sanções muito importantes e severas, e haverá mais sanções anunciadas muito em breve”, afirmou Joly em entrevista. A líder ainda declarou que os países do G7 e a União Europeia estão analisando mais restrições, mas ainda não há definição para tal.

Diante do conflito bélico que afeta a economia e a harmonia ao redor do globo, o ministro romeno das Relações Exteriores Bogdan Aurescu confirmou que várias opções estão sendo discutidas no cenário atual.

Putin diz que sanções são ‘declaração de guerra’

Nesse sábado (5), o presidente russo Vladimir Putin afirmou que as sanções econômicas à Rússia, impostas pelas nações ocidentais, eram “semelhantes a uma declaração de guerra”, segundo o The New York Times. Desde o início da guerra que abalou o mundo, o líder ameaçou absorver totalmente o território ucraniano.

“A liderança atual precisa entender que, se continuar fazendo o que está fazendo, arrisca o futuro do estado ucraniano”, disse ele. O presidente russo ainda declarou que Moscou – capital da nação – veria qualquer tentativa ocidental de impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia como “participação no conflito armado” contra a Rússia.

Ucrânia critica ‘corredores humanitários’

Mais além, de acordo com o The Guardian, a Ucrânia criticou uma proposta russa para a criação de seis “corredores de refugiados”, definindo a tentativa como “imoral” e “inaceitável”. A declaração ocorreu depois que o Ministério da Defesa da Rússia disse que os cidadãos que fugissem de certas cidades só poderiam partir para a Biolorrússia ou a Rússia.

Um porta-voz da presidência da Ucrânia defendeu que os civis devem ter autorização para fugir de suas casas através do território ucraniano. “Esta é uma história completamente imoral […] Eles [a Rússia] querem fornecer ajuda humanitária para um filme na TV e querem que os corredores levem em sua direção”, disparou o representante.

Ainda de acordo com o portal, a Rússia anunciou nesta segunda-feira (7) que corredores humanitários seriam abertos em diversas cidades ucranianas, incluindo Kiev – a capital da nação – e Kharviv, a segunda maior cidade. Moscou disse que as rotas seriam abertas às 10h em respeito a um “pedido pessoal” do chefe francês, Emmanuel Macron, a Putin. O governo da França negou que isso teria acontecido.

Em Haia, a corte do tribunal de justiça internacional decretou dois dias de audiência sobre um pedido da Ucrânia para que ordene à Rússia a suspensão imediata das operações militares. A expectativa é que a decisão ocorra dento de dias.

Preço do petróleo dispara no Brasil

As consequências da invasão militar russa também interferem no bolso do brasileiro. De acordo com o Sindtanque-MG (Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais), após o início do conflito no leste europeu, o valor do barril de petróleo disparou e ultrapassou os R$ 100 pela primeira vez.

Novos possíveis aumentos no preço dos combustíveis preocupam a categoria. “Nós, brasileiros, não podemos pagar a conta dessa crise. É tarefa da Petrobras e do governo federal tomar as providências para que os preços dos combustíveis não aumentem no país e sacrifiquem ainda mais a todos nós”, acrescenta Irani.

Segundo o diretor executivo de Refino e Gás Natural, Rodrigo Costa, a Petrobras está acompanhando o atual cenário de suprimentos de gás natural liquefeito dos Estados Unidos para Europa, África e Ásia, em razão da crise entre a  Rússia e a Ucrânia, tendo em vista que parcela significativa do gás importado pelo Brasil vem dos Estados Unidos. 

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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