Estudante de medicina da UFMG desiste da candidatura à presidência do Congo

Louison Mbombo
Um estudante de medicina da UFMG Louison Mbombo lançou, em 28 de junho, sua candidatura para presidente do Congo (Reprodução/@louison001/Instagram)

O estudante de medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Louison Mbombo, desistiu da candidatura para presidente do Congo. Pelas redes sociais, ele disse que conseguiu um emprego nos Estados Unidos que o impede de exercer um cargo público.

“Como muitos de vocês sabem, a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos Estados Unidos impõe diretrizes rígidas aos representantes comerciais dos EUA, proibindo-os de ocupar simultaneamente cargos oficiais nos respectivos países que servem”, explicou ele.

Agora, Mbombo é auditor em um projeto de cooperação internacional nos EUA. Na carta publicada em seu perfil nas redes sociais, ele diz que “foi uma grande honra concorrer como candidato” e agradeceu ao “apoio inabalável” de seu eleitorado.

“Quero ser transparente sobre os desafios que enfrentamos. As atuais perturbações na cadeia de abastecimento devido à pandemia global em curso intensificaram-se, exigindo a nossa atenção especial e a resolução estratégica de problemas. Esta decisão, embora lamentável, corresponde ao meu compromisso de respeitar os princípios da transparência e da legalidade”, justificou.

Candidatura

O congolês teve a candidatura oficializada em 10 de julho. As eleições do país ocorrem nesta quarta-feira (20). Mbombo chegou a criar uma vaquinha online para custear a campanha dele.

Em 2019, o jovem foi reconhecido como um dos pesquisadores mais influentes do mundo, além de ter sido premiado em um projeto que visa erradicar a malária no Congo.

“Acredito firmemente que este país está pronto para a grandeza, mas precisa de líderes visionários e dedicados que possam conduzi-lo a um futuro melhor. Como candidato, trago comigo uma vasta experiência e um profundo conhecimento dos desafios que nossa nação enfrenta”, disse ele, ao anunciar a candidatura.

“A corrupção impediu nosso progresso por muito tempo, desviando recursos preciosos daqueles que mais precisam deles. Colocarei fortes medidas anticorrupção, fortalecerei os mecanismos de responsabilidade e promoverei uma cultura de transparência e governança ética”, acrescentou.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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