Um estudante de medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) lançou, nessa quarta-feira (28), sua candidatura para presidente do Congo. Pelas redes sociais, Louison Mbombo anunciou que também concorre ao cargo de Deputado Nacional de Lukunga.
O congolês terá a candidatura oficializada no próximo dia 10 de julho e as eleições do país ocorrem em 20 de dezembro. Em 2019, o jovem foi reconhecido como um dos pesquisadores mais influentes do mundo, além de ter sido premiado em um projeto que visa erradicar a malária no Congo.
“Acredito firmemente que este país está pronto para a grandeza, mas precisa de líderes visionários e dedicados que possam conduzi-lo a um futuro melhor. Como candidato, trago comigo uma vasta experiência e um profundo conhecimento dos desafios que nossa nação enfrenta”, disse ele.
“A corrupção impediu nosso progresso por muito tempo, desviando recursos preciosos daqueles que mais precisam deles. Colocarei fortes medidas anticorrupção, fortalecerei os mecanismos de responsabilidade e promoverei uma cultura de transparência e governança ética”, acrescentou Louison.
Projetos premiados
Em 2019, o estudante congolês foi um dos três escolhidos para receber o Prêmio de Melhor Inovação Humanitária 2019 do The Dutch Coalition for Humanitarian Innovation (“Coalizão Holandesa de Inovação Humanitária”, em português).
O projeto de Louison tinha o objetivo de erradicar a malária no Congo e foi reconhecido pelo uso de inteligência artificial, por meio de ferramentas do Google e da Microsoft, que oferecem análise e apresentação de dados sobre a doença, possibilitando prever os surtos e facilitar as intervenções.
“Projetos do mundo inteiro concorreram. Eu fiquei surpreso e não sabia quem tinha me indicado. Esse prêmio significa muito para mim”, disse ele, na época.
Também em 2019, o congolês foi eleito pela União Europeia como um dos 15 líderes jovens mais influentes do mundo. O estudante foi escolhido entre 404 candidatos de 99 países para compartilhar suas habilidades, experiências e contribuições com chefes de estados, diplomatas, acadêmicos, entre outros representantes.
