Imagens registradas no velório do bombeiro Andrew O’Dwyer, que morreu combatendo o incêndio que se alastra pela Austrália, emocionaram o mundo inteiro. Charlotte, de quase 2 anos, se recusou a sair do lado do caixão do pai enquanto usava o capacete e o distintivo de honra dele.
A garotinha trouxe um sorriso a quem lamentava a morte do homem de 36 anos, que faleceu depois que o caminhão de bombeiros em que estava despencou em uma floresta em chamas. As informações são The Sun.
+ Angustiante! Animais mortos por incêndios se acumulam em ruas da Austrália
Australian firefighters formed a guard of honor and stood with hand on heart to bid a solemn farewell to colleague Andrew O’Dwyer, 1 of 3 volunteers killed in recent blazes.
— NBC News (@NBCNews) January 7, 2020
O’Dwyer’s daughter was also presented with her father’s service medal and helmet https://t.co/7aGQ0kqHQu pic.twitter.com/5yuEvOAvJ8
Uma guarda de honra foi feita pelos bombeiros britânicos em homenagem ao oficial, que é um dos três voluntários mortos nos incêndios australianos. Em um discurso, o comissário dos Serviços de Fogos Rurais Shane Fitzsimmons deixou uma mensagem à filha de Andrew: “Charlotte tem que saber que seu pai era um homem altruísta e especial, que só a deixou porque era um herói”.
As imagens da garotinha, que se despedia ao lado do caixão do pai usando seus elementos de honra, viralizaram e mexeram com o coração de pessoas do mundo todo. “Seu pai é um herói, pequena. Muito amor e luz!”, comentou um usuário no Twitter.
Os fogos na Austrália
As queimadas são um fenômeno comum na Austrália e costumam acontecer principalmente nos meses de novembro e dezembro. O fogo é causado pelas temperaturas altas características do verão australiano e a pouca quantidade de chuva, que deixa as grandes áreas de vegetação extremamente secas. Os ventos fortes dessa época do ano também ajudam a espalhar as chamas, agravando naturalmente a situação.
No entanto, no ano passado os incêndios começaram antes do previsto, em setembro, e foram agravados pelas temperaturas que passavam dos 44ºC, mais altas do que o normal para a época. Esses fatores fizeram com que a situação saísse do controle e preocupassem autoridades do mundo todo.
Imagens de satélite publicadas pela NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) na última quarta-feira (1) mostram a diferença do país em julho, quando ainda tinha o céu limpo, e em janeiro, coberto de fumaça. Sydney foi declarada a cidade mais quente do mundo devido aos incêndios.
A Landsat image taken Jan. 1 shows thick smoke from wildfires blanketing southeastern Australia, compared with the same area in clear skies on July 24, 2019. Our @NASAEarth satellites provide near real-time data to help detect and map the spread of fires: https://t.co/e8gWlMBhyK pic.twitter.com/USEyd27Le3
— NASA (@NASA) January 3, 2020
Scott Morrison, primeiro-ministro australiano informou, neste sábado (4), que convocou 3 mil reservistas para ajudar nas áreas afetadas pelo fogo, de forma a garantir “mais homens no terreno, mais aviões no ar e mais barcos no mar”.
We’re putting more Defence Force boots on the ground, more planes in the sky, more ships to sea, and more trucks to roll in to support the bushfire fighting effort and recovery as part of our co-ordinated response to these terrible #bushfires pic.twitter.com/UiOeYB2jnv
— Scott Morrison (@ScottMorrisonMP) January 4, 2020
Com altas temperaturas esperadas para os meses de janeiro e fevereiro na Austrália, não há previsão iminente do fim dos incêndios.