Um rapaz encontrou a mãe biológica após 20 anos e descobriu que ambos trabalham no mesmo hospital há dois anos. Em novembro do ano passado, Holly Shearer decidiu mandar uma mensagem de feliz aniversário para o filho, a quem ela havia colocado para adoção. “Eu pensava nele o tempo todo”, disse a mulher, que vive em Utah, nos Estados Unidos.
Segundo o Good Morning America, Benjamin Hulleberg, que tem 20 anos, sempre soube que tinha sido adotado pelos pais, Angela e Brian Hulleberg. O rapaz tinha muita curiosidade sobre a mãe biológica, a quem ele sabia apenas o primeiro nome. “Sempre foi uma conversa muito positiva”, disse Benjamin.
“Sempre foi ou meus pais expressando gratidão pela Holly, ou eu falando sobre o quanto sou grato por ela e o quanto eu queria conhecê-la um dia”, acrescentou o rapaz. Ele sempre conversava com os pais sobre tentar achar a mãe biológica, e chegou a escrever cartas, assinou um registro de adoção e fez um teste de DNA.
Mãe biológica nunca esqueceu o filho
Enquanto isso, Holly nunca esqueceu do bebê: “Ele sempre esteve na minha mente. Mais ainda nos feriados e no aniversário dele, uma montanha-russa de emoções”, revelou a mulher. Ela era adolescente quando entregou o filho para a adoção, e recebeu notícias dele por três anos.
As atualizações sobre Benjamin pararam e a agência de adoção fechou em 2014, o que aumentou a curiosidade da mãe biológica em saber sobre o filho. Holly Shearer acabou encontrando-o on-line. “Ele tinha 18 anos quando eu o achei e eu estava muito hesitante”.
“Ele tinha muitas coisas acontecendo na vida, a última coisa que eu queria era estragar os planos dele. Então eu apenas assisti à distância”, relembrou a mulher. Então, no aniversário de 20 anos do rapaz, Holly decidiu mandá-lo uma mensagem desejando “parabéns”.
‘Me atingiu como uma carga de tijolos’
Benjamin contou em detalhes: “Eu consigo lembrar o lugar exato em que eu estava quando recebi a mensagem. Eu estava no trabalho. Eu era um operador de máquinas e lembro de estar na máquina número 15. Eu estava no meio da nossa verificação de qualidade e peguei meu celular, vi a mensagem dela e respondi”.
“Quando ela me respondeu e explicou quem era, isso me atingiu como uma carga de tijolos”. O rapaz acrescentou que aquela fatídica mensagem desencadeou uma reação emotiva nele. “Eu estava chorando. Foram todas emoções muito positivas. Mas para mim, esse é o dia que eu estive esperando por 20 anos da minha vida”.
Imediatamente, Benjamin Hulleberg chamou a mãe biológica para um encontro. “Ele pediu para me encontrar, tipo, imediatamente, e eu estava um pouco chocada”, disse Holly. “Eu não estava esperando aquilo mas ele queria me encontrar de imediato. Então nós planejamos um jantar no dia seguinte com ambas as famílias”.
Rapaz não queria esperar mais
“Eu não estava disposto a esperar por mais tempo. Eu esperei por 20 anos e isso foi longo o suficiente para mim”, desabafou o rapaz. Shearer e sua família encontraram com os pais adotivos de Benjamin primeiro. “Eles estavam basicamente do mesmo jeito que eu me lembrava, e isso foi legal”.
Holly Shearer contou sobre o encontro: “Então, cerca de 5 minutos depois, Benjamin chegou, andou na minha direção e me tocou no ombro, e a alegria apenas transbordou em mim. Nós ficamos em pé nos abraçando por cerca de 5 minutos, e chorando, eu nem acredito que isso aconteceu”.
“Quando eu a vi, ela se levantou, me deu um abraço e eu chorei. Eu apenas olhei para ela e estava tipo ‘você é real, você está na minha frente’. E isso foi surreal”, acrescentou o rapaz. “Eu definitivamente diria que isso foi um sonho realizado”.
Ele continuou: “Eu já disse isso sobre coisas na minha vida, tipo, ‘oh, eu estou tão feliz por ter me formado. É um sonho realizado’. Mas isso? Esse foi o momento mais verdadeiro que eu já disse”. A reunião entre as famílias durou mais de três horas. Confira o registro do momento compartilhado por Benjamin:
Filho e mãe no mesmo trabalho
Durante a conversa, Holly e Benjamin descobriram que eles não estiveram tão longe um do outro, tendo ambos trabalhado no mesmo hospital em Lake City, nos dois últimos anos. A mulher é assistente médica, e o rapaz é voluntário na unidade de cuidados intensivos neonatais do hospital.
“Todas as manhãs, eu entrava pelo pavilhão das mulheres para entrar no trabalho. Eu passava pela unidade de cuidados intensivos neonatais todos os dias. Estacionávamos na mesma garagem, podíamos estar no mesmo andar, não tínhamos ideia de que estávamos tão perto”, disse Shearer.
Desde a reunião com a mãe biológica e sua família, Benjamin também se conectou com seus meio-irmãos mais novos. Ele tenta se encontrar com Holly, a quem ele também chama de “mãe” no trabalho dela pelo menos uma vez por semana.
