Idosa de 77 anos tem casa invadida pela SWAT após erro em aplicativo da Apple

Senhora ação Swat
Idosa teve casa invadida pela SWAT depois de erro em aplicativo da Apple (Reprodução/New York Times)

Ruby Johnson, de 77 anos, foi surpreendida por uma equipe da SWAT enquanto assistia TV em casa, no Colorado, estado no oeste dos EUA. Ruby teve a sua localização confundida com a de um ladrão que roubou um caminhão e estava sendo procurado.

Segundo o processo, a SWAT chegou a casa da senhora com carros blindados, rifles e um cão farejador. A equipe exigiu, por um alto-falante, que qualquer pessoa na casa saísse com as mãos para cima. A idosa assistia televisão de roupão, touca e chinelos.

A equipe achou a casa da vítima por meio do aplicativo Find My Phone, da Apple. Foram causados danos fora e dentro da casa de Ruby. Eles revistaram toda a casa em busca de objetos roubados, enquanto a senhora esperava no carro.

O aplicativo ajuda a rastrear produtos perdidos ou roubados da Apple, como iPhones, iPads e MacBooks, o que levou a equipe a acreditar que mercadorias estavam dentro da casa dela, diz o processo.

A equipe estava procurando os produtos de um caminhão que tinha sido roubado no dia anterior. Após horas de buscas, nada foi encontrado. 

A aposentada teria desenvolvido um trauma e, em depoimento, diz que não suporta ficar em casa mais. Ela morou com a filha algumas semanas e depois se mudou para a casa do filho em Houston, segundo o processo.

Recentemente, voltou para casa, mas quer mudar, pois tem ansiedade por morar sozinha e medo de atender a porta. 

Investigação interna

De acordo com o New York Times, o Departamento de Polícia de Denver disse em um comunicado que abriu uma investigação interna. Eles afirmam que vão criar um treinamento para policiais sobre mandados baseados em aplicativos como o Find My.

“O Departamento de Segurança Pública e o Departamento de Polícia de Denver pedem sinceras desculpas à Sra. Johnson por quaisquer impactos negativos que esta situação possa ter sobre ela”, disse o departamento, acrescentando que esperava “resolver o assunto” sem mais litígios.

Mark Silverstein, advogado de Johnson, disse na segunda-feira que o detetive Staab, o único réu nomeado no processo, não deveria ter solicitado o mandado.

“O detetive não tinha os fatos necessários para justificar a busca”, disse Silverstein. “Seu supervisor deveria ter vetado. O promotor distrital não deveria ter dado sinal verde. O juiz não deveria ter aprovado e a equipe da SWAT deveria ter ficado em casa”, disse.

Mateus Felipe[email protected]

Graduando em Jornalismo pelo Centro Universitário Internacional UNINTER.

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