Idoso em situação de rua morre ‘de fome’ com mais de R$ 600 mil no banco

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Sem-teto pode ter sido encontrado dias após a sua morte (FOTO ILUSTRATIVA: Jéssica Munhoz/Portal BHAZ)

Um homem em situação de rua foi encontrado morto pela Polícia de Milão, na Itália, em uma estação ferroviária e falta de comida pode ser a causa do óbito. Apesar de viver em tais condições, ele teria mais de 100 mil euros, cerca de R$ 650 mil, em uma conta bancária. O caso chocou a região e dá o que falar. As informações são do jornal italiano “Corriere della Sera”.

De acordo com o legista do caso, a causa da morte Umberto Quintino Diaco, 75, pode ter sido falta de comida. “Morto de fome”, apontou o laudo do profissional. Quando foi encontrado, Humberto tinha as roupas, “puídas, reduzidas a trapos e fragmentos”, estava debaixo de papelão, junto com um envelope contendo 1.235 euros, cerca de R$ 8 mil.

Depois da morte do homem, os investigadores rastrearam mais de 100 mil euros em contas bancárias dele, além de 19 mil euros – R$ 123 mil – em ações, e uma pensão de Munique, na Alemanha, de 750 euros por mês – R$4.860, aproximadamente. Ele também tinha bens registrados: uma casa em Calábria, cidade no sudoeste da Itália, e duas vans, com seguro pago.

Família

Umberto era brigado com a família desde jovem. Ele saiu de casa quando tinha apenas 17 anos, negava a família e desaparecia sempre, conforme contou a irmã, Chiarina. “Procuramos por ele, ele nunca quis ser encontrado”, disse.

Chiarina mora com a filha em outra região da Itália, mas foi até Milão para tentar recuperar o corpo e os poucos pertences pessoais do irmão. Ela é agora a única herdeira do montante no banco e dos bens, junto com a filha. Serão exigidos os trâmites burocráticos de uma escritura sucessória perante o cartório, mas se não surgirem outros herdeiros das investigações coordenadas pelo procurador Isidoro Palma, as poupanças acumuladas durante anos nas contas do banco irão para ela.

Distúrbio psicológico

Outras pessoas da cidade tentaram ajudar o homem. Alguns declararam ao jornal italiano que o conheciam há anos e que ele sofria de um forte distúrbio psicológico. “Nunca pediu dinheiro nem aceitou comida” disse um homem que o conhecia. Ele havia sido denunciado várias vezes aos serviços sociais municipais, mas resistia a qualquer tipo de ajuda. 

O caso não é o primeiro de uma pessoa em situação de rua com uma fortuna nos bancos. Em 2018, a imprensa internacional também repercutiu o caso de uma libanesa que foi encontrada morta nas ruas, mas acumulava mais de R$ 4,5 milhões em conta bancária.

Edição: Roberth Costa

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