A mãe de Begoleã Mendes Fernandes, preso em Lisboa, Portugal, suspeito de matar outro brasileiro em Amsterdam, na Holanda, saiu em defesa do filho nas redes sociais. Em post no Facebook, Carla Pimentel disse que Begoleã sofreu “humilhações e extorsões” por parte de brasileiros que também viviam na Holanda.
Begoleã, 26, foi preso no controle de fronteira ao apresentar um documento de identidade italiano, levantando suspeitas de fraude. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, ele levava outros documentos de identificação em nome de outras pessoas.
Na mala do jovem foram encontradas uma amarra, uma roupa com vestígios de sangue, uma embalagem de plástico contendo diversos pedaços de carne e um celular. Uma investigação busca determinar se a carne encontrada com ele é humana, conforme apontam apurações do jornal Correio da Manhã.
Mãe de Begoleã desabafa
“Queria meu filho comigo, e há algum tempo já havia um povo orando a meu pedido, porque eu não aguentava mais ver as humilhações e extorsões que ele vinha passando. Isto tudo não pelos holandeses, e sim por brasileiros corruptos. Infelizmente tudo aconteceu desta forma” escreveu a mãe do suspeito.
Ela também lamentou pela morte de Alan Lopes, 21, que teria sido morto por Begoleã. “Sinto a dor pela mãe de Alan”, disse.
Carla ainda afirmou que o filho passou por uma cirurgia na terça-feira (28) no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. De acordo com ela, ele estava com “nervos da mão rompidos e ferimentos na barriga”. Ele teve alta no mesmo dia e permanece detido.
Prisão preventiva
Begoleã Fernandes deve ficar preso preventivamente até a emissão de um mandato de detenção por parte dos Países Baixos. A decisão foi divulgada pelo tribunal da Relação de Lisboa nesta quarta-feira (1).
Ele é acusado de matar Alan Lopes, encontrado morto no último domingo dentro de casa em Amsterdam. Testemunhas informaram ter ouvido uma discussão dentro do local no início da noite.
“Uma vez no local, os policiais encontraram um corpo que se acredita claramente ter morrido como resultado de um crime violento grave. Especialistas, incluindo investigadores forenses, estiveram no local e conseguiram vestígios. O detetive falou com várias testemunhas, mas ainda está investigando o caso”, diz comunicado do SEF.
