Após assembleia, ONU aprova resolução que exige fim dos ataques russos à Ucrânia

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A assembleia geral da ONU contou com 193 países. Desses, 141 votaram a favor da resolução (Reprodução/ONU)

Após uma extensa reunião em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou a resolução contra a Rússia e o presidente Vladimir Putin, em função da invasão à Ucrânia. Os ataques já duram uma semana.

Em sessão extraordinária, a assembleia geral contou com a participação de 193 países. Desses, 141 votaram a favor da aprovação – incluindo o Brasil -, cinco contra e 35 se abstiveram. Para a aprovação eram necessários dois terços (veja abaixo como votaram os países).

Com a resolução, que não tem poder legal, as Nações Unidas exigem que a Federação Russa cesse de forma imediata o seu uso da força contra a Ucrânia, além de retirar as suas forças militares do país vizinho. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um poder político muito grande e evidencia o isolamento russo. 

Ao fim da assembleia, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, comemorou. “Eu acredito na ONU. O povo da Ucrânia tem mais motivos para acreditar agora. Essa foi uma mensagem importante à Rússia. Acredito que os cidadãos russos infelizmente ainda não têm acesso às informações. Quando souberem da tragédia, espero que terminem com a ditadura que existe no país”, disse.

Quadro de votação final pela resolução contra a Rússia (Reprodução/ONU)

‘O mundo quer o fim do sofrimento’

Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, disse, pouco após a aprovação da resolução, que a decisão repete uma verdade central, “que o mundo quer o fim do sofrimento na Ucrânia”. Ele falou, ainda, sobre como os países têm se unido para colaborar com a Ucrânia.

Valentin Rybakov, embaixador de Belarus na ONU, disse que a distribuição descontrolada de armas já levou ao aumento da violência e de roubos na Ucrânia. Ele, que é aliado do presidente russo Vladimir Putin, afirmou que pessoas inocentes estão sendo mortas no país. “Por que vocês estão silenciosos a esse respeito?”, questionou Rybakov, defendendo que os ucranianos estão matando civis estrangeiros.

Rybakov pediu, ainda, que a Ucrânia abra um corredor humanitário para que pessoas possam sair do país pela fronteira com Belarus. Segundo ele, a fronteira bielorussa está aberta. Ele disse, também, que lamenta as mortes e que só as negociações podem resolver o conflito.

Mais de 2 mil mortos

Após sete dias de invasão russa na Ucrânia, as autoridades do país afirmam que mais de 2 mil civis já foram mortos. Segundo o Serviço de Emergência do país também foram destruídas centenas de estruturas, incluindo instalações de transporte, hospitais, creches e residências (veja aqui).

O número de vítimas foi divulgado pela Ucrânia nesta quarta-feira (2). “Crianças, mulheres e forças de defesa estão perdendo a vida a cada hora”, disse, em comunicado enviado a agências de comunicação internacionais.

O dado divulgado pelo país está acima do que foi informado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo a organização, são aproximadamente 500 civis mortos até o momento. No entanto, a ONU assume a possibilidade da cifra ser maior, por dificuldades de estimar com exatidão em meio ao conflito.

Com Agência Brasil

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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