O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, anunciou que a organização reforçará o apoio militar à Ucrânia. De acordo com o secretário, a medida inclui também ferramentas contra armas químicas, biológicas e nucleares. A reunião que oficializará o auxílio ocorrerá nesta quinta-feira (24).
De acordo com a CTV News, os líderes da Otan e os chefes de estado também devem concordar com o posicionamento de mais forças na Europa Oriental para impedir qualquer possível avanço da Rússia em suas fronteiras. As falas do secretário, nesta quarta-feira (23), ocorrem as vésperas da cúpulas de Bruxelas com foco na guerra na Ucrânia.
Stoltenberg revelou também que cerca de quatro grupos de batalha, compostos por grupos de 1 mil a 1,5 mil soldados, serão encaminhados para Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária. As forças armadas ficarão de prontidão nos locais “enquanto for necessário”.
“Juntamente com nossas forças existentes nos países bálticos e na Polônia, isso significa que teremos oito grupos de batalha multinacionais da Otan ao longo do flanco leste, do Báltico ao Mar Negro”, disse Stoltenberg.
A Otan possui aproximadamente 40 mil soldados de diversas nações à sua disposição. Além disso, há ainda 140 navios de guerra no mar e 130 aeronaves em alerta máximo.
Armas nucleares
A Rússia ameaçou utilizar armas nucleares caso as exigências do país estejam em risco. O comunicado foi divulgado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que ainda completou dizendo que Vladmir Putin, presidente da Rússia, ainda não alcançou seus objetivos com a Ucrânia. Há também a ameaça do uso de armas químicas e biológicas contra o país.
Os líderes da Otan, de acordo com a CTV News, concordam em enviar assistência à Ucrânia, incluindo equipamentos para a defesa contra esse tipo de armamento. “Qualquer uso de armas químicas mudaria totalmente a natureza do conflito, e seria uma violação flagrante do direito internacional e teria consequências de longo alcance”, disse Stoltenberg.
De toda forma, a Otan não está fornecendo armas nem soldados para a Ucrânia. A organização está apenas defendendo seus próprios membros do ataque russo. A aliança de 30 países não enviou tropas para a guerra, nem aeronaves. Por outro lado, os países membros da Otan estão fornecendo armas e ajuda ao país.
Apesar da Otan tentar ao máximo não participar da guerra, Jens Stoltenberg disse que “qualquer uso de armas químicas ou biológicas também pode ter consequências terríveis para os países aliados da Otan”.
