Médico preso por estuprar paciente é aprovado em vestibular

Acusado foi autorizado a realizar a prova com base em Lei de Diretrizes (Reprodução/Redes Sociais)

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar uma mulher durante o trabalho de parto, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, foi aprovado no processo seletivo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Giovanni se candidatou para o curso de Turismo da instituição. A informação foi divulgada pelo ICL Notícias e confirmada pelo BHAZ.

Atualmente, o anestesista encontra-se em reclusão no Complexo Penitenciário de Gericinó, aguardando julgamento do caso. Em 2022, Giovanni foi preso por estupro após ser filmado abusando sexualmente de uma paciente enquanto ela estava dopada em trabalho de parto. Os registros flagraram Giovanni colocando o pênis na boca da vítima.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que Giovanni Quintella Bezerra foi autorizado a realizar a prova em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Ainda de acordo com a Lei, prestar o vestibular pode ser uma estratégia eficaz de progressão de pena, já que, a cada 12 horas de estudo do condenado, sua pena é abatida em um dia.

Para frequentar a Universidade, entretanto, Giovanni Bezerra precisará de uma decisão judicial. O BHAZ contatou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e aguarda retorno. Assim que houver, a matéria será atualizada.

Relembre o caso

Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estuprar uma paciente durante um parto cesariana. O crime ocorreu na madrugada de 11 de julho de 2022, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio. Na época, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) suspendeu imediatamente o médico e instaurou processo que pode resultar na cassação profissional dele.

Giovanni Quintella Bezerra foi filmado por enfermeiras e técnicas da unidade de saúde durante um parto em que participava. A equipe médica vinha desconfiando do comportamento do homem, como, por exemplo, em relação à quantidade de sedativo aplicado nas gestantes.

De acordo com as autoridades, as funcionárias relataram que o médico já tinha participado de outras cirurgias em salas onde era inviável fazer gravações. Na terceira operação do dia, elas conseguiram trocar o local de última hora e esconderam o telefone para confirmar a conduta do médico.

Edição: Lucas Negrisoli
Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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