O secretário-geral do Governo, Mateus Simões, confirmou, na manhã desta quarta-feira (20), ao BHAZ que o Estado vai quitar o 13° para 17% dos funcionários que não receberam o pagamento referente a 2019.
A data do repasse não foi divulgada, porém, o dinheiro deve estar na conta dos servidores até o fim desta semana. Para Simões, o Estado está se esforçando como pode para honrar os compromissos em meio à crise financeira.
“Percebendo que não é possível quitar todas as suas obrigações neste mês, o Governo está fazendo como qualquer devedor: pagando as dívidas mais antigas e buscando soluções para os débitos futuros”, informou o secretário-geral.
O Estado já pagou o 13° salário para aqueles servidores que recebem até R$ 3.000 líquidos, o que representa 83% da folha do Estado.
E os salários?
Uma reunião para discutir alternativas para pagar os salários dos servidores está marcada para acontecer nesta quinta-feira (21). Membros dos poderes Legislativo e Judiciário vão participar do encontro.
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O secretário-geral citou possíveis alternativas que podem ser discutidas na reunião e que aliviariam a situação financeira do Estado, como o parcelamento de salários dos servidores do Legislativo e Judiciário, além do Executivo, que já recebe em parcelas.
“Quando falamos em parcelamento, isso é só o reconhecimento de que alguém vai ter que ficar sem receber. A menos que a gente tenha receitas extraordinárias, alguém não vai receber integralmente. Quem? Pode ser que seja só um dos poderes, pode ser que sejam todos. O problema é que nem para pagar os servidores em parcelas nós estamos tendo dinheiro”, admite o secretário.
Enquanto isso, profissionais de todas as categorias, exceto da saúde e segurança, não têm notícias sobre quando receberão os pagamentos atrasados e acabam acumulando dívidas.
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“As contas vencem e você acaba tendo que pagar tudo com atraso. Assim, há incidência de juros. Além disso, a gente continua trabalhando normalmente, mesmo que de teletrabalho, enquanto outras categorias receberam em dia”, desabafa um funcionário da educação, de 30 anos, que não quis se identificar.